Prof. Cristiano – Pedagogia Concursos https://teste.pedagogiaconcursos.com My WordPress Blog Fri, 20 Sep 2024 14:12:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8 https://teste.pedagogiaconcursos.com/wp-content/uploads/2025/04/logo.svg Prof. Cristiano – Pedagogia Concursos https://teste.pedagogiaconcursos.com 32 32 Aprender a Ler e a Escrever https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/20/aprender-a-ler-e-a-escrever/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/20/aprender-a-ler-e-a-escrever/#respond Fri, 20 Sep 2024 14:12:39 +0000 https://pedagogiaconcursos.com/?p=23157 Aprender a Ler e a Escrever de TEBEROSKY, Ana, COLOMER, Teresa. Uma proposta construtivista. Porto Alegre Artmed. 2002.

Aprender a Ler e a Escrever nos dias atuais tem-se encontrado grande dificuldade em saber a maneira carreta, ou mais acertada, de agir devido as grandes (e proveitosas) renovações que estão acontecendo no campo da educação. A grande questão é saber unir teoria, prática e reflexão.

 

Capítulo 1 – A Língua Escrita

Observando o percurso histórico do surgimento da escrita e de suas variadas representações descritos no livro Aprender a Ler e a Escrever, é possível verificar que a existência desta permitiu o registro da memória coletiva, e uma comunicação maior entre as pessoas, pois as mensagens não dependiam mais da presença física dos interlocutores. Na época posterior a industrialização a concepção de alfabetização é revista a partir das mudanças sociais (até então a alfabetização estava ligada ao ócio e ao âmbito social). Essa demanda social tornou a escolarização obrigatória.

Em nossa sociedade, no decorrer do século XX a língua escrita (alfabetização) se torna tecnologia fundamental, como pré-requisito para qualquer progresso, potencialização dos conhecimentos e acesso aos diferentes usos da mesma.

Estudos realizados concebem a língua como código oral e código escrito. O processo de produção ou reprodução da língua escrita é diferente do uso oral porque implica uma relação entre pensamento e linguagem diferente. A língua escrita permite fixar o discurso oral e convertê-lo em objeto de análise. “A língua escrita seria, em suma, o meio mais eficiente para que um indivíduo chegue a dominar as máximas potencialidades de abstração da linguagem, independentemente de os discursos construídos por ele serem, ao final, orais ou escritos”.

Entende-se a aprendizagem da língua escrita como um domínio linguístico progressivo – não meramente do código gráfico -, nas situações e para as funções que cumpre socialmente.

Saber Escrever

No texto “Aprendices em el domínio de la lengua escrita”, Wells (1987) trabalha o domínio da escrita a partir de quatro níveis coexistentes:

Epistêmico instrumental funcional executivo. Cada nível representa:

O nível executivo insiste na posse do código como tal; diz respeito ao domínio da língua para traduzir a mensagem do código escrito.

Primeiramente, o letramento funcional é essencial para a participação efetiva na sociedade moderna. Além disso, ele engloba não apenas a capacidade de ler e escrever, mas também de compreender e aplicar informações em situações práticas. Consequentemente, este tipo de letramento tem um impacto direto na qualidade de vida e nas oportunidades profissionais dos indivíduos.

Letramento Funcional

Ademais, é importante notar que o letramento funcional vai além da simples decodificação de palavras. Ele envolve, por exemplo, a habilidade de interpretar gráficos em um relatório, preencher formulários corretamente, ou entender as nuances de um contrato. Portanto, seu desenvolvimento deve ser uma prioridade nos sistemas educacionais.

Em primeiro lugar, o letramento instrumental é fundamental para o desenvolvimento acadêmico e profissional. Ele permite que os indivíduos não apenas compreendam, mas também produzam textos de diversos gêneros e complexidades.

Além disso, este tipo de letramento está intimamente ligado à capacidade de pesquisa e organização de informações. Consequentemente, ele é essencial para a formação de pensamento crítico e analítico.

Por outro lado, é importante notar que o letramento instrumental vai além da simples habilidade de leitura e escrita. Ele envolve, por exemplo, a capacidade de sintetizar informações de múltiplas fontes, criar argumentos bem estruturados e adaptar o estilo de escrita para diferentes públicos e propósitos.

Ademais, no contexto da era digital, o letramento instrumental também inclui a habilidade de navegar e utilizar eficientemente as ferramentas de busca e bases de dados online.

No epistêmico usa-se a língua escrita como meio de atuação e transformação sobre o conhecimento: refere-se ao interpretar e avaliar.

Capítulo 2 – O que é ler?

Tradicionalmente pode-se considerar a definição de ler como a capacidade de entender um texto escrito pode parecer simplista, mas não é.

As práticas escolares comumente trazem atividades que partem de pequenos fragmentos de textos, palavras soltas ou letras isoladas para o ensino da leitura. Essa situação revela uma concepção e um desconhecimento: porque ler é um ato de raciocínio.

Através da percepção, da memória de curto e longo prazo (esta segunda que armazena as informações e conhecimentos que temos do mundo) e dos esquemas de conhecimento que as pessoas formam ao longo da vida, a compreensão e a interpretação das informações se tornam possíveis através da leitura. Ler consiste em processar as informações visuais de um texto e as informações não-visuais conhecimentos do leitor. A partir das informações do texto o leitor formula hipóteses, antecipa significados, faz inferências e, no decorrer da leitura, verifica se suas hipóteses iniciais estavam corretas.

Frank Smith – e outros autores – revela que ao explorar um texto através da leitura, o leitor: não precisa oralizar o texto para compreendê-lo; desloca os olhos em saltos percebendo fragmentos do texto – não lemos letra por letra – e percebe globalmente um conjunto de elementos gráficos.

Seguindo esses propósitos alguns cuidados devem ser tomados no trabalho com a compreensão leitora no Livro Aprender a Ler e a Escrever: a organização de atividades com propósitos claros: ler com a finalidade de obter informação ou ler por prazer, ou ainda, para aprender; e os conhecimentos trazidos pelo leitor (prévios) – sobre o texto escrito (conhecimentos paralinguísticos, das relações grafofônicas, morfológicos, sintáticos, semânticos e textuais) e sobre o mundo. Quanto maior o conhecimento do leitor, mais fácil será sua compreensão do texto.

Capítulo 3 – O Ensino e a Aprendizagem da Leitura

De acordo com as concepções que as escolas apresentam do que é ler, é que se configuram o ensino e a aprendizagem da leitura.

Para compreender melhor essa configuração, vamos retomar um pouco da história: Numa concepção tradicional acreditava-se que ler significava realizar correspondência entre os fonemas e os signos, dos mais simples para os mais complexos. A aprendizagem da leitura se dava através da leitura em voz alta, conforme citado no livro Aprender a Ler e a Escrever.

A partir da década de 50 a leitura “passa a ser considerada como um processo psicológico específico, formado pela integração de um conjunto determinado de habilidades e que pode desenvolver-se a partir de um certo grau de maturação de cada uma delas”. Essa concepção trabalha com pré-leitura ou maturação leitora na escola.

Com estudos mais recentes e avanços realizados a leitura “deixou de ser considerada como um processo psicológico específico para incluir-se entre os processos gerais de representação humana da realidade e adotou a perspectiva teórica de um modelo psicolingüístico-cognitivo”.

Considerando essa concepção, a leitura passa a ter outra significação e o modo de ensiná-la também muda. O ensino:

  • considera e parte dos conhecimentos dos alunos sobre as funções da leitura;
  • permite a comunicação com função real (sendo significativa) trabalha a relação com a língua escrita e seu uso funcional; fomenta a consciência metalingüística; utiliza textos de circulação social, concebidos para leitura, e não textos escolares, o que permite maior significado para os alunos; permite experiências com textos variados para aprender suas características diferenciais; trabalha a leitura sem oralização, a não ser que haja uma função específica (comunicar algo a alguém), diferentemente de como era trabalhado tradicionalmente;

Compreensão Leitora Aprender a Ler

Da mesma forma, deve ser trabalhada nas escolas, a compreensão leitora. Algumas pesquisas mostram que essa compreensão é pouco trabalhada apesar dos alunos lerem com freqüência. Pode-se apontar, como uma das causas dessa realidade, a utilização da leitura – e compreensão – sem propósito real.

A concepção utilizada atualmente considera a aprendizagem significativa. Nessa perspectiva, atividades orientadas a aprender a ler ajudam os alunos na compreensão do texto. Podem ser propostas:

  • resumir e sublinhar as idéias principais; ler e construir diagramas e esquemas; o professor oferecer modelos de compreensão; organizar atividades onde o texto apresente erros de diferentes níveis para que os alunos apontem as incoerências; empregar a discussão coletiva (com intervenções do professor);
  • auxiliar os alunos a reterem informações a partir de estratégias como antecipar, reler, repassar, etc.
  • organizar produções de texto como recurso para a compreensão.

Aprender a ler e escrever

Capítulo 4 – O Planejamento da Leitura na Escola

Esse capítulo do livro Aprender a Ler e a Escrever vai falar um pouco sobre o ensino da leitura nas últimas séries do ensino fundamental.

Acredita-se que a aprendizagem da leitura estende-se por toda a escolaridade, não somente no ensino fundamental, mas também por todo o ensino médio.

Estudos mais recentes e a apreensão dos processos de leitura e compreensão apontam a necessidade de que o ensino da leitura tenha sentido de prática social e cultural, onde os alunos possam ampliar seus conhecimentos comunicativos reais.

Trataremos de duas situações de leitura:

  1. A primeira que trata das tarefas escolares: a utilização da pedagogia de projeto pode ser uma boa opção pois tira o professor do centro e faz com que os alunos assumam papéis importantes.
  2. Segunda que trata da leitura literária: pois destina-se a “apreciar o ato de expressão do autor, a desenvolver o imaginário pessoal a partir dessa apreciação e a permitir o reencontro da pessoa consigo mesma em sua interpretação”.
  3. Na escola existem espaços que podem e devem tornar-se um contexto real de leitura, pois educa a autonomia dos caminhos de acesso à informação – a biblioteca escolar, por exemplo. Nesse sentido, algumas ações são importantes: o conhecimento dos materiais disponíveis na biblioteca, exposição do acervo, a hora do conto, a prática de leitura para criação desse hábito, entre outras. Essencial é propagar sua existência de forma a chamar os alunos e outras pessoas para esse espaço, onde possam criar uma bagagem leitora através de diversos meios.

Aprender a Ler Ampliar as medidas do Repertório

Compreensão do texto:   
    • Leia e interprete conjuntamente textos que ainda apresentam dificuldade;
    • Leia obras completas, dividindo-as em partes e realize: análise de capítulos, reconstrução da época, antecipação de informações, descrições, comparações, retomada do conflito e verificação das hipóteses iniciais;
    • Leia textos mais breves focalizando aspectos a trabalhar;
    • Relacione o texto com os conhecimentos dos alunos;
    • Comente diferentes textos de diferentes áreas do conhecimento;
    • Leia e comente um texto para sua compreensão;
    • Utilize quadros, esquemas e comparações para ajudar na representação mental da ordenação de informações;
Compreensão da estrutura significativa dos textos:
    • Organizar gráficos, esquemas ou quadrinhos para representar o texto
    • Produzir sínteses
    • Ler notícias e dar-lhes títulos, explicando suas escolhas
    • Produzir e comparar resumos
Exercitar as habilidades envolvidas no processo de leitura”:
    • Explicitar o que sabe sobre um tema
    • Buscar uma informação determinada no texto (jornal, dicionário ou lista telefônica)
    • Consultar anúncios ou sessões do cinema
    • Buscar uma informação na enciclopédia
    • Realizar exercícios de antecipação através da ativação dos conhecimentos prévios dos alunos
    • Continuar a escrita de textos (narrativos, histórias em quadrinhos, etc)
    • Construir textos em cadeia (onde cada aluno produz uma parte)
    • Continuar a escrita de textos informativos
    • Continuar a escrita de notícias
    • Recompor textos (cortados previamente pelo professor)
    • Recompor textos de acordo com sua sequência temporal (três notícias de três dias diferentes, por exemplo)
    • Antecipar o conteúdo do texto a partir de indícios gráficos e tipográficos
    • Preencher espaços vazios de um texto
    • Brincar de jogo da forca
    • Realizar exercícios de levantamento e emissão de hipóteses e inferências

Esta lista organiza todas as atividades mencionadas no texto original, facilitando a visualização e compreensão das diferentes estratégias sugeridas para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.

Gostaria que eu elaborasse mais sobre alguma dessas atividades específicas ou que explorasse como essa lista pode ser utilizada no planejamento de aulas de língua portuguesa?

Capítulo 5 – A Avaliação da Leitura

Ao retomar o que já foi discutido nesse livro Aprender a Ler e a Escrever percebe-se que não é mais possível utilizar uma avaliação nos moldes tradicionais. Ela precisa ser formativa: informa os alunos sobre seus progressos e avanços (por isso eles devem saber o tempo todo o que está sendo observado e que resultado obtiveram), e serve como instrumento para o professor ajustar seu planejamento e métodos de ensino (uma reflexão para a ação). O que comumente vê-se nas escolas é a não clareza do que avaliar e como avaliar. Dessa forma as avaliações não põem em jogo todos os conhecimentos construídos pelos alunos e nem avaliam todos os aspectos apresentados nos outros capítulos.

Alexandre Gali propõe uma referência para as avaliações nas escolas catalãs. A necessidade de separar “os diversos componentes do ato de leitura suscetíveis de serem avaliados de forma diferenciada e distingue cinco: perfeição mecânica, expressão, rapidez, compreensão das palavras e compreensão total”. Dos cinco componentes apresentados, ele considera que devemos avaliar os três últimos.

Gali defende que os alunos devem conhecer claramente os testes de avaliação (as provas devem integrar as tarefas educativas), para que eles reflitam apenas sobre as combinações verbais e o jogo de ideias presente.

Ao tratarmos da avaliação, mesmo que não tenhamos claro qual é seu objetivo principal, devemos respeitar alguns critérios – considerando a nova concepção de leitura e escrita. P.H. Johnson afirma que a avaliação deve objetivar “o grau de integração, inferência e coerência com que o leitor integra a informação textual com a anterior”.

Os Critérios na avaliação

Podemos considerar como critérios importantes na avaliação:

  1. Atitude emocional no momento da leitura;
  2. Buscar informações em um determinado texto;
  3. Solicitar que os alunos verbalizem suas ideias em relação ao texto;
  4. Verificar a velocidade da leitura e a leitura silenciosa;
  5. Explorar os conhecimentos prévios dos alunos com questões relacionadas ao texto;
  6. Solicitar que realizem sínteses, deem títulos a textos;
  7. Solicitar que apontem em um texto seus erros e incoerências (previamente preparado pelo professor);

O enfoque principal da avaliação é, primordialmente, para que serve? Nesse sentido, portanto, deve-se utilizá-la como instrumento tanto para o professor quanto para o aluno, na medida em que pode ir controlando seus avanços e onde necessita maior atenção para melhorar. Além disso, a avaliação serve como uma ferramenta de feedback contínuo. Consequentemente, ela proporciona uma visão clara do progresso educacional. Ademais, essa abordagem permite ajustes oportunos no processo de ensino-aprendizagem. Assim sendo, a avaliação torna-se um elemento crucial para o desenvolvimento acadêmico. Por outro lado, é importante ressaltar que sua eficácia depende de uma aplicação adequada e criteriosa. Em suma, quando bem utilizada, a avaliação pode ser um catalisador para o crescimento educacional, promovendo uma aprendizagem mais eficaz e direcionada.
Consequentemente, ela permite que ambos, educador e educando, identifiquem áreas de progresso e pontos que requerem aprimoramento. Assim sendo, a avaliação torna-se um processo dinâmico e interativo, não apenas um método de classificação. Por fim, é importante ressaltar que, quando bem utilizada, a avaliação pode ser um catalisador para o crescimento educacional, promovendo uma aprendizagem mais eficaz e direcionada.

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10 questões de Ética https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/17/10-questoes-de-etica/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/17/10-questoes-de-etica/#respond Tue, 17 Sep 2024 20:55:29 +0000 https://pedagogiaconcursos.com/?p=34444 Questões sobre Ética

As questões de Ética devem envolver, entre outras, casos práticos, conceito, pensadores da educação, etc. A a ética está ligada à ação das pessoas e é aquilo que define quais ações podem ser consideradas corretas ou incorretas, definindo o que é o certo e o errado. A Filosofia preocupou-se com os estudos de ética desde a Antiguidade, e a Sociologia pode utilizar-se dos conceitos filosóficos que envolvem a ética para entender melhor as relações sociais entre as pessoas.

Questões de Concursos

Questão 01

O trabalho docente constitui o exercício profissional do professor e este é o seu primeiro compromisso com a sociedade, assumindo assim, um compromisso social e ético. Nesse contexto, a profissão docente:

(A) Prepara os alunos para se tornarem cidadãos passivos e diferentes na família, no trabalho, na vida cultural e política.

(B) Exerce uma atividade fundamentalmente antissocial, haja vista que, contribui para a formação cultural e cientifica do povo, tarefa dispensável para outras conquistas democráticas.

(C) Realiza a continuidade entre o aluno e a sociedade, entre as condições de origem do aluno e sua destinação antissocial na sociedade, papel que cumpre provendo as condições e os meios que desabona o encontro do aluno com as matérias de estudo.

(D) É exercida no âmbito da vida social e política.

(E) É um ato simplório porque se realiza no contexto das relações individuais, no qual não manifestam os interesses das classes sociais.

Ano: 2020 Banca: FAFIPA Órgão: Prefeitura de Arapongas – PR Prova: FAFIPA – 2020 – Prefeitura de Arapongas – PR – Professor -Educação Infantil

Comentário:

  • A profissão docente é fundamental para a formação de cidadãos críticos e participativos na sociedade. O trabalho do professor vai além da simples transmissão de conhecimento; ele envolve o desenvolvimento de habilidades sociais, políticas e éticas nos alunos. A docência é, portanto, um ato social e político, pois prepara os estudantes para participarem ativamente na sociedade, entendendo e influenciando os contextos sociais e políticos em que estão inseridos. As outras alternativas apresentam visões limitadas ou incorretas sobre o papel do professor na sociedade.

Questão 02

Principalmente devido às ocorrências políticas, o tema “ética” vem ganhando espaço entre os brasileiros. A ética sempre se faz presente na vida das pessoas quando se tem que tomar decisões ou que fazer escolhas. As questões éticas no plano individual estão relacionadas com a forma como as pessoas se tratam e por essa razão, impactam a qualidade de vida e o clima no ambiente institucional. Considerando o que foi exposto, analise a situação a seguir e assinale a alternativa que está em conformidade com a perspectiva de ética anteriormente colocada.

Leandro, inspetor de alunos na FITO, efetuando ronda pelos corredores da escola, encontrou três adolescentes escondidos, fumando (o que é proibido). Levando em consideração as atribuições do cargo que ocupa e frente à irregularidade constatada, cabe eticamente a Leandro

(A) informar aos alunos de que publicará no mural da escola o ocorrido, citando os seus nomes.

(B) repreender os alunos e levá-los até à diretoria, comunicando o ocorrido em voz alta, para que todos fiquem sabendo da transgressão.

(C) falar com os alunos, dizendo-lhes que se prometerem não mais fumar e se voltarem para a classe sem alarde, acobertará da direção o ocorrido.

(D) conversar com os alunos em tom acusatório, enfatizando que a responsabilidade daquela transgressão é dos pais deles, que não estão sabendo educá-los.

(E) dialogar com os alunos e os acompanhar discretamente até à Diretoria, contando, para o Diretor, de forma reservada, o fato ocorrido a fim de que ele verifique a providência cabível naquela situação.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: VUNESP – 2020 – FITO – Técnico em Gestão – Inspetoria de Alunos


Comentário:

  • Está em conformidade com a perspectiva ética apresentada, pois envolve tratar os alunos com respeito e discrição, evitando expô-los publicamente e preservando sua dignidade. Ao encaminhar a situação de forma reservada à Diretoria, Leandro está cumprindo suas responsabilidades profissionais de maneira ética, garantindo que a situação seja tratada adequadamente pelas autoridades competentes da escola. Isso demonstra um equilíbrio entre cumprir suas obrigações e respeitar os direitos dos alunos, promovendo um ambiente institucional saudável e ético.

Questão 03

Para o Prof. Cortella, “é possível tratar a ética como tema. Ela não precisa ser uma disciplina no Ensino Fundamental, mas pode aparecer como um conteúdo no conjunto das disciplinas. Mas não se ensina ética apenas falando ou pensando sobre ela. A ética é, acima de tudo, exemplar. Uma professora, por exemplo, precisa saber que na hora da entrada das crianças ou na volta do intervalo, ela não deve fazer uma fila e dizer assim: “Meninos de um lado e meninas do outro”, porque não se separa por gênero. A função de uma fila é organizar, e não separar por gênero. Qual é a finalidade disso? A vida não é assim. Você não vai a um supermercado e há caixa para homem, caixa para mulher; você não vai ao banco e há caixa para homem, caixa para mulher. Onde há essa separação? Em escola, penitenciária e hospício.”

Segundo o Professor, Ética é, portanto, o conjunto de:

(A) regras adquiridas através da cultura, da educação e do cotidiano.

(B) princípios e valores que usamos para decidir nossa conduta social.

(C) bens culturais que se transmite de geração em geração em um grupo social.

(D) procedimentos ou reações do indivíduo ao meio social que o cerca.

(E) hábitos e costumes utilizados em uma determinada comunidade.

Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Linhares – ES Prova: IBADE – 2020 – Prefeitura de Linhares – ES – Técnico Pedagógico

Questão 04

O Regimento Escolar (RE) é, indubitavelmente, a lei maior da escola. Em primeiro lugar, representa um pacto educativo que se firma entre escola e família. Consequentemente, deve ser do conhecimento de toda a comunidade escolar. Além disso, é, na verdade, o Código de Ética que norteará as relações dentro da escola. Portanto, nele estarão estabelecidos diversos itens de interesse da escola. No entanto, é importante notar que há uma exceção, ou seja, um item que NÃO estará incluído no Regimento Escolar. Assim sendo, a questão que se coloca é: qual seria esse item EXCETO que não faz parte do RE?

(A) estrutura organizacional da Instituição.

(B) regime escolar.

(C) regime didático.

(D) quadro curricular.

(E) direito, deveres e penalidades.

Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Novo Hamburgo – RS Prova: INSTITUTO AOCP – 2020 – Prefeitura de Novo Hamburgo – RS – Secretário de Escola

Questão 05

Paulo Freire enfatiza a responsabilidade ética dos educadores. Primeiramente, destaca que, além da formação científica, outros elementos são essenciais para a prática educativa, como a correção ética e o respeito aos outros. Além disso, o autor ressalta que a postura ética do professor deve ser coerente com seus pensamentos e ações. Por fim, argumenta que o educador ético deve assumir suas posições claramente, mesmo arriscando rejeição.


O educador deve, também, reconhecer que sua prática:

(A) deverá ser apolítica, de modo a não inspirar tendências ideológicas.

(B) Em primeiro lugar jamais pode ser imparcial, visto que a neutralidade é, de fato, inexistente. Além disso, toda perspectiva carrega consigo algum tipo de viés ou inclinação. Consequentemente, a busca por uma posição completamente neutra torna-se uma tarefa impossível. Portanto, é crucial reconhecer e examinar criticamente os pressupostos e contextos que influenciam qualquer ponto de vista ou argumento apresentado.

(C) será sempre de transformador de padrões estabelecidos.

(D) é balizada por instrumentos institucionais de organização pública.

(E) Primeiramente, não depende de influências externas, pois possui autonomia irrestrita. Ademais, sua independência é absoluta, visto que não se submete a pressões externas. Consequentemente, suas decisões são tomadas de forma soberana, uma vez que sua liberdade de ação é plena. Assim sendo, pode-se afirmar que sua autodeterminação é completa, já que não está sujeita a interferências alheias. Entretanto, é importante considerar as implicações dessa autonomia absoluta. Por fim, cabe refletir sobre os possíveis impactos dessa independência irrestrita em diferentes contextos.


Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha – ES Prova: IBADE – 2020 – Prefeitura de Vila Velha – ES – Professor –Coordenador

Questão 06

Além da organização didática dos conteúdos a serem ensinados, o professor é também responsável por exercer uma ação ue garanta o respeito, a solidariedade e a justiça. Nesse sentido, sua ação é pautada na dimensão

(A) estética.

(B) técnica.

(C) ética.

(D) semiótica.

(E) simbólica.

Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE – 2020 – TJ-PA – Analista Judiciário – Pedagogia

Questão 07

O ofício do educador envolve diversas competências, entre elas a que trata dos valores morais da cultura com a qual esse profissional lida. Essa é a competência

(A) política.

(B) tecnológica.

(C) didática.

(D) ética.

(E) midiática.

Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE – 2020 – TJ-PA – Analista Judiciário – Pedagogia

Questão 08

Quanto ao perfil do professor é correto afirmar que os professores só poderão contribuir, de fato, para a conquista de maior qualidade no ensino se tiverem:

I. Autonomia intelectual;

II. Domínio dos conteúdos de ensino e de metodologias adequadas;

III. Competência prático-reflexiva;

IV. Repertório cultural diversificado;

V. Visão ética, política da prática profissional e Respeito intelectual e pessoal pelos alunos.

Estão CORRETAS:

(A) apenas as afirmativas I e II

(B) apenas as afirmativas III e IV

(C) apenas as afirmativas V e IV

(D) Todas as afirmativas

(E) Nenhuma das afirmativas

Ano: 2019 Banca: CONTEMAX Órgão: Prefeitura de Orobó – PE Prova: CONTEMAX – 2019 – Prefeitura de Orobó – PE – Professor de Ensino Fundamental

Questão 09

Leia as afirmativas a seguir:

I. A técnica de tempestade mental (brainstorming) parte da proposição de um tema. Em seguida, os alunos devem dizer o que lhes vem à cabeça, sem preocupação nem censura mental. Ao professor cabe anotar as ideias e fazer a análise, coletivamente, do que é relevante para prosseguir a aula.

II. O método de elaboração conjunta ou conversação didática pressupõe a dialogicidade, a lógica do outro ao invés de perguntas cujas respostas o professor já pensou e até mencionou –definindo o que ele quer ouvir.

III. Ao abordar o tema ética em uma organização pública, busca-se possibilitar que os servidores sejam capazes de construir uma imagem abatida de si, além de adotar uma atitude pautada pela rejeição das normas morais.

Marque a alternativa CORRETA:

(A) Nenhuma afirmativa está correta.

(B) Está correta a afirmativa I, apenas.

(C) Está correta a afirmativa II, apenas.

(D) Estão corretas as afirmativas I e II, apenas.

(E) Todas as afirmativas estão corretas.

Ano: 2019 Banca: ADM&TEC Órgão: Prefeitura de Rio Largo – AL Prova: ADM&TEC – 2019 – Prefeitura de Rio Largo – AL – Professor –História

Questão 10

Existem questões éticas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Há algumas áreas de má conduta científica, e quando alguém utiliza ideias, textos ou ilustrações de outras pessoas como se fossem seus, isto é considerado:

(A) falsificação.

(B) plágio.

(C) dupla publicação.

(D) registro incorreto de dados.

(E) fabricação de dados.

Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vitória – ES Prova: IBADE – 2019 – Prefeitura de Vitória – ES – Professor de Educação Básica III – PEB III – Educação Física

 GABARITO:

  1. D
  2. E
  3. B
  4. D
  5. B
  6. C
  7. D
  8. D
  9. D
  10. B

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50 Questões de Didática com gabarito em PDF

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10 questões do Paulo Freire https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/11/10-questoes-do-paulo-freire/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/11/10-questoes-do-paulo-freire/#respond Wed, 11 Sep 2024 16:20:10 +0000 https://pedagogiaconcursos.com/?p=34024 Questões sobre Paulo Freire

As questões de Paulo Freire deve envolver, entre outras, a concepção de educação libertadora e problematizadora, segundo Paulo Freire, só pode se constituir num processo onde educador e educando aprendem juntos. Freire também explica o antagonismo da educação libertadora, a chamada “educação bancária” – em referência aos bancos, como se a educação fosse um ato unilateral de depositar conteúdos.

Questões de Concursos

Questão 01

Segundo Paulo Freire (1996), “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” Se essas tendências forem consideradas pelo profissional pedagogo, no exercício de suas atividades pedagógicas, serão perceptíveis, no ambiente de trabalho,

A) memorização de conteúdos como uma forma de preservação da cultura letrada e do conhecimento.

B) diálogos que incentivem à busca pela aprendizagem e incentivos às trocas de experiências.

C) Em primeiro lugar, o foco está em capacitações para mistificação da realidade. Além disso, são oferecidos treinamentos para a resolução de problemas. No entanto, é importante notar que estas abordagens podem parecer contraditórias. Por um lado, a mistificação da realidade pode obscurecer os verdadeiros desafios. Por outro lado, o treinamento para resolução de problemas sugere uma abordagem mais prática. Consequentemente, esta combinação pode criar uma dicotomia na formação dos indivíduos.

D) Inicialmente, o objetivo é proporcionar experiências compartilhadas. Mais especificamente, estas experiências visam reforçar as crenças dos participantes. Além disso, há um propósito adicional de influenciar as atitudes dos outros. Desse modo, cria-se um ambiente de reforço mútuo de ideias. No entanto, é crucial considerar se este approach promove diversidade de pensamento. Portanto, pode-se questionar o impacto a longo prazo desta abordagem na formação de opiniões independentes.

E) Primordialmente, enfatiza-se a rigorosidade metódica no processo de aprendizagem. Contudo, o objetivo desta rigorosidade é, surpreendentemente, limitar o pensamento crítico do educando. Em outras palavras, utiliza-se um método aparentemente rigoroso para restringir, ao invés de expandir, o horizonte intelectual. Consequentemente, esta abordagem pode resultar em um paradoxo educacional. Por um lado, promove-se a disciplina acadêmica. Por outro, inibe-se a capacidade de questionamento. Portanto, esta metodologia levanta questões sobre o verdadeiro propósito da educação.

Ano: 2020 Banca: COTEC Órgão: Prefeitura de São Francisco – MG Prova: Pedagogo

Questão 02

Freire (1996), em seu livro “Pedagogia da Autonomia”, afirma que pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o dever de não só respeitar os saberes dos educandos, sobretudo os das classes populares, mas também o de discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação ao ensino dos conteúdos. Sobre essa exigência, é CORRETO afirmar que:

A) No ensino, há que se provocar o rompimento com a discussão da realidade concreta e a consideração do senso comum para que haja o respeito à ciência.

B) O professor tem o dever de não só respeitar os saberes dos alunos, como também discutir com eles a relação desses saberes com os conteúdos da disciplina.

C) No processo ensino-aprendizagem não importam as experiências informais das ruas e trabalho, mas sim as experiências vividas em salas de aula.

D) O ensino exige criticidade, por isso o senso comum e a experiência cotidiana não devem ser considerados no processo educativo.

E) Quem ensina deve ter competência e dominar todos os saberes; além disso, quem aprende é objeto de quem ensina.

Ano: 2020 Banca: COTEC Órgão: Prefeitura de São Francisco – MG Prova: Professor – Educação Infantil

Questão 03

No modelo freiriano (Paulo Freire), o levantamento de problemas é concebido como “um processo mútuo para estudantes e professores questionarem o conhecimento existente, o poder e as condições”. Assim, uma comunidade de professores-pesquisadores, com estudantes como coinvestigadores, estabelece um processo democrático e centrado no aluno, por meio do qual o currículo é construído “de baixo para cima” em vez de ser construído “de cima para baixo”.

Existem no mínimo três modelos baseados na racionalidade crítica:

1) o modelo _________________, o qual concebe o ensino e a aprendizagem como veículos para a promoção de uma maior igualdade, humanidade e justiça social na sala de aula, na escola e na sociedade;

2) o modelo _________________, o qual concebe a educação como expressão de um ativismo político e imagina a sala de aula como um local de possibilidades, permitindo ao professor construir modos coletivos para ir além dos limites, para transgredir;

3) o modelo _________________, no qual a pesquisaação é concebida como um meio para desnudar, interromper e interpretar desigualdades dentro da sociedade e, principalmente, para facilitar o processo de transformação social.

Assinale a alternativa que complete, sequencialmente, as lacunas do texto.

A) sócio-reconstrucionista – emancipatório ou transgressivo – ecológico crítico

B) filantrópica – socialista – historicista

C) filantrópica – comunista ou legitimador – ecológico crítico

D) sócio-reconstrucionista – emancipatório ou transgressivo – historicista

E) sócio-reconstrucionista – comunista ou legitimador – ecológico crítico

Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha – ES Prova: Técnico de Nível Superior

Questão 04

Leia o texto abaixo sobre Paulo Freire e responda a questão a seguir.

Weintraub cita kit gay e Paulo Freire para falar de alfabetização infantil. 05/03/2020

Ministro da Educação critica Paulo Freire e “kit gay” ao divulgar projeto de leitura para crianças.

Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/weintraub-cita-kit-gay-e-paulo-freire-para-falar-de-alfabetizacaoinfantil/Acesso em: 05 de março de 2020.

Considerando as tendências pedagógicas contemporâneas, assinale a alternativa que mais se adequa a linha de trabalho do educador Paulo Freire, citado no texto.

A) Tradicional

B) Liberal

C) Libertadora

D) Tecnicista

E) Renovada

Ano: 2020 Banca: CONTEMAX Órgão: Prefeitura de Pedra Lavrada – PB Prova: Psicólogo Educacional

Questão 05

Paulo Freire é o principal autor dessa tendência. Esta pedagogia propõe uma educação crítica a serviço da transformação social. Nessa corrente o papel da escola está baseado na formação da consciência política do discente para agir e modificar a realidade. Educadores extraem os conteúdos por meio de Temas geradores que retiram da problematização do cotidiano dos educandos. Eles baseiam os métodos de ensino em grupos de discussão e devem promover a vivência de relações efetivas. O professor e aluno são sujeitos do ato do conhecimento, a relação é de igual para igual. A aprendizagem ocorre por meio da troca de experiência em torno da prática social. Assinale a alternativa correta que apresente o nome dessa tendência pedagógica:

A) Tendência Progressista.

B) Tendência Liberal Estruturalista.

C) Tendência Progressista Libertadora.

D) Tendência Liberal Tradicional.

E) Tendência Liberal Niilista.

Ano: 2020 Banca: CONTEMAX Órgão: Prefeitura de Pedra Lavrada – PB Prova: Professor – Língua Portuguesa

Questão 06

A obra Pedagogia dos sonhos possíveis é uma coletânea de cartas, conferências, depoimentos, ensaios e entrevistas de Paulo Freire.

Em relação a essa obra, assinale a alternativa incorreta:

A obra “Pedagogia dos sonhos possíveis” de Paulo Freire é uma coletânea diversificada de seus escritos e falas. Analisando as alternativas sobre esta obra:

A) Esta afirmação é imprecisa. Freire vê a utopia como algo que pode se concretizar, mas não a caracteriza como uma “impossibilidade que às vezes pode dar certo”. Sua visão de utopia é mais nuançada, reconhecendo-a como um horizonte que guia a ação transformadora, não como algo ocasionalmente realizável. A sugestão de “pragmatismo político e pedagógico” não reflete adequadamente o pensamento de Freire, que enfatiza a práxis – a união de reflexão e ação.

B) Corretamente resume um conceito fundamental de Freire: a indissociabilidade entre a leitura da palavra e a leitura do mundo. Freire argumenta que a compreensão do texto está intrinsecamente ligada à compreensão do contexto, e que a interpretação do mundo está conectada à capacidade de transformá-lo através da escrita.

C) Reflete com precisão o pensamento de Freire sobre democracia na educação. Ele enfatiza que a prática democrática do professor deve transcender a sala de aula, reconhecendo que a verdadeira educação democrática envolve um engajamento mais amplo com o mundo.

D) Capta corretamente a visão de Freire sobre o potencial e os limites da educação. Primeiramente, ele reconhece que a educação não é uma solução universal. No entanto, enfatiza que ela tem um papel significativo na transformação social. Portanto, apesar de suas limitações, a educação permanece uma ferramenta crucial para a mudança. Freire argumenta que esse potencial só pode ser realizado através de um compromisso sério com o processo educacional.

Ano: 2020 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Barão de Cocais – MG Prova: Professor

Questão 07

Paulo Freire destaca a responsabilidade ética dos professores na docência. Além da formação científica, ele enfatiza outros pressupostos para a prática educativa: correção ética, respeito aos outros, coerência e capacidade de aprender com o diferente. Freire ressalta que a postura ética do professor, alinhada com seus pensamentos e ações, é tão importante quanto o ensino dos conteúdos. O educador ético deve assumir suas posições claramente, sem esconder sua postura dos alunos, mesmo que possa ser rejeitada.O educador deve reconhecer que sua prática:

A) Deve ser apolítica, evitando tendências ideológicas.

B) Não pode ser neutra. A educação carrega valores e perspectivas, e a tentativa de neutralidade já implica uma posição. Qualquer esforço para alcançar neutralidade na educação é, paradoxalmente, um posicionamento. A educação é inerentemente não-neutra, refletindo sempre valores ou visões de mundo.

C) Será sempre transformadora de padrões estabelecidos.

D) É balizada por instrumentos institucionais de organização pública. Mecanismos governamentais e sociais moldam e direcionam as práticas educacionais. A educação reflete as estruturas e políticas públicas vigentes, estando intrinsecamente ligada ao contexto institucional mais amplo da sociedade.

E) É autônoma e independente de influências externas. O educador possui autonomia irrestrita, com ações e decisões autodeterminadas. Esta independência permite que ele opere sem considerar fatores externos, resultando em completa liberdade de ação.

Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha – ES Prova: Professor

Questão 08

Em primeiro lugar, é importante reconhecer que a concepção e proposição didático-pedagógico-educacional em questão é caracterizada por duas dimensões fundamentais. Por um lado, temos a dimensão política, que aborda as relações de poder e as implicações sociais da educação. Por outro lado, encontramos a dimensão gnosiológica, que se refere à teoria do conhecimento e aos processos de aprendizagem.

Além disso, é crucial entender que estas duas dimensões não são isoladas, mas sim intrinsecamente conectadas. De fato, elas se complementam e se reforçam mutuamente na abordagem educacional proposta.

Consequentemente, esta integração entre política e conhecimento sugere uma visão holística da educação. Em outras palavras, a educação é vista não apenas como transmissão de conhecimento, mas também como um processo de transformação social.

Portanto, pode-se concluir que esta abordagem educacional busca não apenas o desenvolvimento intelectual dos educandos, mas também sua conscientização política e social. Assim sendo, esta concepção didático-pedagógico-educacional se destaca por sua natureza abrangente e transformadora.

Finalmente, é importante notar que estas características identificadoras são típicas da filosofia educacional de um pensador específico, embora o nome não seja mencionado na questão original.

A) Ferreiro.

B) Freire.

C) Piaget.

D) Wallon.

Ano: 2020 Banca: GUALIMP Órgão: Prefeitura de Areal – RJ Prova: Professor de Ensino Fundamental

Questão 09

A educação para Paulo Freire, segundo afirma Zitkoski (2006, 28), “[…] Primeiramente, educadores devem trabalhar intencionalmente para humanizar o mundo. Além disso, eles precisam empregar métodos específicos para alcançar este objetivo. Por exemplo, podem:

A) Uma formação cultural e da práxis transformadora de todos os cidadãos sujeitos da sua história.

B) Participantes do processo educacional marcado e guiado por esse tipo de educação.

C) De exercício de educar que oprime, aliena, desumaniza os seres humanos, participantes do processo educacional.

D) Outra possibilidade, que consiste em Ser-Menos.

Ano: 2020 Banca: GUALIMP Órgão: Prefeitura de Areal – RJ Prova: Professor de Ensino Fundamental

Questão 10

Em tempos em que a sociedade brasileira encontra-se polarizada, dividida em extremos que pouco escutam e muito falam, o diálogo é fundamental e necessário, e encontra na teoria freireana alicerce fundamental. O diálogo pressupõe, primeiramente, a escuta e o respeito ao outro. Além disso, requer a compreensão de que, ao dialogar, não existem dicotomias de saberes. Portanto, é um processo integrador. É bem verdade que o diálogo freireano, ainda que sob forte componente filosóficohumanizador, integra-se fortemente ao campo educacional.

(RIBEIRO, 2018, Revista Horizontes)

Sobre Paulo Freire, é correto afirmar:

A) Defendia o método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, como “Eva viu a uva”, para alfabetização.

B) Apesar da influência de Freire, a afirmação é imprecisa. Suas ideias têm sido aplicadas em diversos contextos educacionais. Portanto, os professores brasileiros deveriam considerá-las criticamente, adaptando-as conforme necessário ao contexto atual. . Consequentemente, e talvez mais importante, não podem ser comprovadas empiricamente. Portanto, apesar de sua popularidade teórica, há uma lacuna significativa entre o conceito e a aplicação prática de suas propostas educacionais.

C) Defendia que a educação bancária deveria ser aplicada em todas as escolas como forma de melhorar a educação.

D) Criticava a utilização da cartilha para o ensino da leitura e da escrita e, com a utilização de suas ideias, conseguiu alfabetizar 300 cortadores de cana em apenas 45 dias

E) Defendia o fim da escola e a construção de um novo sistema de ensino em que os oprimidos tivessem maior autonomia.

Ano: 2020 Banca: FCC Órgão: AL-AP Prova: Pedagogo

 GABARITO:

  1. B
  2. B
  3. A
  4. C
  5. C
  6. A
  7. B
  8. B
  9. A
  10. D

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Pedagogia da Autonomia por Paulo Freire https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/09/pedagogia-da-autonomia-paulo-freire/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/09/pedagogia-da-autonomia-paulo-freire/#respond Mon, 09 Sep 2024 12:10:00 +0000 https://pedagogiaconcursos.com/?p=4432 15 Questões Comentadas link disponível no final da publicação referente ao Livro Pedagogia da Autonomia

Pedagogia da Autonomia é um livro da autoria do educador brasileiro Paulo Freire, sendo sua última obra publicada em vida.

Apresenta propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação como forma de construir a autonomia dos educandos valorizando e respeitando sua cultura.

A obra reúne experiências e novos métodos, que valorizam a curiosidade dos educandos e educadores, condenando a rigidez ética que se volta aos interesses capitalistas,

O autor baseou-se durante o desenvolvimento do livro em ideias progressistas de ensino, Isto é, levando em conta principalmente o conhecimento do aluno em diálogo com a disciplina,

Porém oposto ao caráter autoritário e assinalando a atitudes para estimulação da liberdade para obter a disciplina, e também valorizando a experiência de vida como primordial para o efetivo aprendizado.

Além de evidenciar severas críticas ao fatalismo ao neoliberalismo e a globalização.

Primeiramente Paulo Freire enfatiza que para um educador cuja perspectiva seja progressista é necessário estar de acordo que só é possível ensinar em um processo obtido socialmente e não se trata de um ato de transmissão de conhecimentos, mas sim criação de oportunidades para a construção dos saberes.

Representando um processo de formação, na qual o educando se torna sujeito de seu conhecimento, porém, ambas as partes desse processo passam por um aprendizado.

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Educação de Jovens e Adultos aspectos históricos. https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/05/educacao-de-jovens-e-adultos/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/05/educacao-de-jovens-e-adultos/#respond Thu, 05 Sep 2024 22:11:07 +0000 https://pedagogiaconcursos.wordpress.com/?p=1113  

Educação de Jovens e Adultos – EJA iremos traçar um panorama histórico no Brasil. Preferi dividir por décadas pois fica mais fácil compreensão.

Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.

Paulo Freire

Não posso deixar de citar que a mesma está muito ligada a Paulo Freire. O Sistema Paulo Freire, desenvolvido na década de 60, teve sua primeira aplicação na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte. E, com o sucesso da experiência, passou a ser conhecido em todo País, sendo praticado por diversos grupos de cultura popular.

Foto com alunos e professores muito comum no século XIX.
Foto com alunos e professores na escola muito comum no século XIX.

Na Década de 30

A Constituição de 1934 estabeleceu a criação de um Plano Nacional de Educação, que indicava pela primeira vez a educação de adultos como dever do Estado, incluindo em suas normas a oferta do ensino primário integral, gratuito e de frequência obrigatória, extensiva para adultos.

Desde a Revolução de 1930, as mudanças políticas e econômicas permitiram o início da consolidação de um sistema público de educação elementar no país.

A Constituição de 1934 estabeleceu a criação de um Plano Nacional de Educação, que indicava pela primeira vez a educação de adultos como dever do Estado, incluindo em suas normas a oferta do ensino primário integral, gratuito e de frequência obrigatória, extensiva para adultos.

Na Década de 40

A década de 40 foi marcada por algumas iniciativas políticas e pedagógicas que ampliaram o EJA: a criação e a regulamentação do Fundo Nacional do Ensino Primário (FNEP); a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP); o surgimento das primeiras obras dedicadas ao ensino supletivo; o lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), e outros. Entretanto este conjunto de iniciativas permitiu que a educação de adultos se firmasse como uma questão nacional.

Ao mesmo tempo, os movimentos internacionais e organizações como a UNESCO, exerceram influência positiva, reconhecendo os trabalhos que vinham sendo realizados no Brasil e assim estimulando a criação de programas nacionais de educação de adultos analfabetos.

Em 1946, ao passo que a instalação do Estado Nacional Desenvolvimentista, houve um deslocamento do projeto político do Brasil, passando do modelo agrícola e rural para um modelo industrial e urbano, que gerou a necessidade de mão-de-obra qualificada e alfabetizada.

Em 1947, o MEC promoveu a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA). Contudo a campanha possuía duas estratégias: os planos de ação extensiva(alfabetização de grande parte da população) e os planos de ação em profundidade (capacitação profissional e atuação junto à comunidade). O objetivo não era apenas alfabetizar, mas aprofundar o trabalho educativo. Essa campanha – denominada CEAA – atuou no meio rural e no meio urbano, possuindo objetivos diversos, mas diretrizes comuns.

Na Década de 50

Em 1952 foi criada a Campanha Nacional de Educação Rural (CNER), inicialmente ligada a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA. A CNER contudo caracterizou-se, no período de 1952 a 1956, como uma das instituições promotoras do processo de desenvolvimento de comunidades no meio rural brasileiro.

Nos anos 50, a CNEA iniciou novas discussões sobre educação de adultos, priorizando crianças e jovens. Em 1963, foi extinta junto com outras campanhas existentes.

 

Em 1958, foi realizado o segundo Congresso Nacional de Educação de Adultos, objetivando todavia avaliar as ações realizadas na área e visando propor soluções adequadas para a questão. Foram feitas críticas à precariedade dos prédios escolares, à inadequação do material didático e à qualificação do professor.

Na Década de 60

Na década de 60, o Estado, associado à Igreja Católica, deu um novo impulso às campanhas de alfabetização de adultos.

No entanto, em 1964, o regime militar, após o golpe, reprimiu todos os movimentos de alfabetização que se vinculavam à ideia de fortalecimento de uma cultura popular.

O Movimento de Educação de Bases (MEB) sobreviveu por estar ligado ao MEC e à igreja Católica. Todavia, devido às pressões e à escassez de recursos financeiros, grande parte do sistema encerrou suas atividades em 1966.

Na Década de 70

Contudo na década de 70, ainda sob a ditadura militar, marca o início das ações do Movimento Brasileiro de Alfabetização – o MOBRAL, que era um projeto para se acabar com o analfabetismo em apenas dez anos.

Após esse período, por consequência, quando o governo já deveria ter cumprido essa meta, o Censo divulgado pelo IBGE registrou 25,5% de pessoas analfabetas na população de 15 anos ou mais. O governo realizou diversas alterações nos objetivos do programa, ampliando sua área de atuação para campos como a educação comunitária e a educação de crianças.

O governo implantou o ensino supletivo em 1971, marcando um momento importante na história do EJA do Brasil. As autoridades educacionais criaram os Centros de Estudos Supletivos em todo o País, propondo um modelo de educação do futuro, que atenderia às necessidades de uma sociedade em processo de modernização. O governo objetivava escolarizar um grande número de pessoas, mediante um baixo custo operacional, satisfazendo às necessidades de um mercado de trabalho competitivo, que exigia escolarização cada vez maior.

Na Década de 80

No início da década de 80, a sociedade brasileira viveu importantes transformações sócio-políticas com o fim dos governos militares e a retomada do processo de democratização, basta lembrar da campanha nacional a favor das eleições diretas.

O governo extinguiu o MOBRAL em 1985 e o substituiu pela Fundação EDUCAR.

 

O contexto da redemocratização possibilitou a ampliação das atividades da EJA. Estudantes, educadores e políticos organizaram-se em defesa da escola pública e gratuita para todos.

A nova Constituição de 1988 trouxe importantes avanços para a EJA: o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, passou a ser garantia constitucional também para os que a ele não tiveram acesso na idade apropriada.

Na Década de 90

Contudo, a partir dos anos 90, a EJA começou a perder espaço nas ações governamentais.

Inicialmente, o governo Collor, ao assumir em março de 1990, extinguiu a Fundação EDUCAR e colocou todos os seus funcionários em disponibilidade. Em seguida, a União começou a se afastar das atividades da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Finalmente, transferiu a responsabilidade dessas atividades para os Estados e Municípios, alegando a necessidade de enxugar a máquina administrativa.

Esta versão em voz ativa torna a sequência de eventos mais clara e direta, enfatizando as ações tomadas pelo governo Collor e pela União. As palavras de transição ajudam a estabelecer a ordem cronológica e a relação entre os eventos descritos.

A partir de 2.000

Contudo, em janeiro de 2003, o MEC anunciou que o novo governo federal priorizaria a alfabetização do EJA. Para isso, o governo criou a Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo, que visa erradicar o analfabetismo durante o mandato de quatro anos do governo Lula.

Mesmo assim, para cumprir essa meta, o governo lançou o Programa Brasil Alfabetizado, por meio do qual o MEC contribuirá com os órgãos públicos estaduais e municipais, instituições de ensino superior e organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações de alfabetização.

No Programa Brasil Alfabetizado, por conseguinte, o governo direcionará a assistência ao desenvolvimento de projetos com as seguintes ações: Alfabetização do EJA e formação de alfabetizadores.

O governo ainda executa o Programa, por isso não podemos, ainda, afirmar se alcançou o objetivo pretendido. E assim conhecemos um pouco da história de Educação de Jovens e Adultos em nosso país.

Saiba mais sobre Paulo Freire: Educar para Conscientizar

Bibliografia:

GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. História da educação brasileira/Paulo Ghiraldelli JR. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
LEAL, Telma Ferras. Desafios da educação de Jovens e Adultos: construindo práticas de alfabetização/ Telma Ferraz Leal; Eliana Borges Correia de Albuquerque (org.) – 1ª ed.; 1. Reimp. – Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

 

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15 questões da Lei de Diretrizes e Bases a Educação https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/04/15-questoes-da-lei-de-diretrizes-e-bases-ldb/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/04/15-questoes-da-lei-de-diretrizes-e-bases-ldb/#respond Wed, 04 Sep 2024 12:53:36 +0000 https://pedagogiaconcursos.com/?p=38184 Lei de Diretrizes e Bases a Educação

Lei de Diretrizes e Bases a Educação é sempre presente na pedagogia para concursos bom estudarmos a Lei Seca no pé da letra. Segue o Link da lei LDB : Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. atualizada com a nova MP 746 e assista o Vídeo abaixo

Questões de Concursos

Artigo 24

1- O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos PNEDH é dividido em 05 eixos LDB, que são:

a) A carga horária mínima anual será de 800 horas, assim também distribuídas por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais.

b) Nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.

c) Na verificação do rendimento escolar observará avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, bem como a prevalência dos aspectos quantitativos sobre os qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.

d) Poderá ocorrer a classificação em qualquer série ou etapa, do ensino fundamental, seja por promoção, para aqueles que cursaram a fase anterior e em suma obtiveram aproveitamento; por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; ou independentemente de escolarização anterior, enfim mediante avaliação feita pela escola.

2 – Sobre os objetivos gerais do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos PNEDH assinale a alternativa INCORRETA.

I – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

II – Desvalorização do profissional da educação escolar.

III – Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino.

Estão CORRETOS:

a) Somente os itens II e III.

b) Somente os itens I e II.

c) Somente os itens I e III.

d) Todos os itens.

Simulado LDB 2019

Direitos e Deveres

3) De acordo com a Lei nº 9.394/96 – Leis de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, logo o dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de, EXCETO:

a) Educação Infantil gratuita às crianças de até três anos de idade.

b) Acesso público e gratuito aos Ensinos Fundamental e Médio para todos os que não os concluíram na idade própria.

c) Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola.

d) Atendimento ao educando, em todas as etapas da Educação Básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Educação Básica

4) Segundo a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, analisar os itens abaixo:

I – A Educação Básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

II – A Educação Básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

III – Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento.

Estão CORRETOS:

a) Somente os itens II e III.

b) Somente os itens I e II.

c) Somente os itens I e III.

d) Todos os itens.

Educação Infantil

5) Em conformidade com a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, a Educação Infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

I – Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental.

II – Carga horária mínima anual de 600 horas, distribuída por um mínimo de 100 dias de trabalho educacional.

III – Atendimento à criança de, no mínimo, quatro horas diárias para o turno parcial e de sete horas para a jornada integral.

Estão CORRETOS:

a) Somente os itens II e III.

b) Somente os itens I e II.

c) Somente os itens I e III.

d) Todos os itens.

Princípios da Educação

6) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB N.º 9.394/1996), NÃO é princípio da Educação Nacional:

(A) Garantia de padrão de qualidade, prioritariamente, nas instituições de ensino privadas e filantrópicas.

(B) Respeito à liberdade e apreço à tolerância.

(C) Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

(D) Consideração com a diversidade étnico-racial.

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Composição dos Níveis Escolares

7) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB N.º 9.394/1996), ao tratar da composição dos níveis escolares, estabelece que a educação básica compõe-se de

(A) ensino fundamental e ensino médio.

(B) educação infantil e ensino fundamental.

(C) educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

(D) ensino médio, educação especial e educação tecnológica.

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Organização e Estrutura

8) O ensino brasileiro está organizado e estruturado de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96). Acerca da sua organização e estrutura, sabe-se que:

(A) A modalidade da Educação Infantil é a etapa obrigatória da Educação Básica e inclui uma base nacional comum e uma diversificada.

(B) O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica e deve preparar o aluno, exclusivamente, para a Educação Superior, apenas em nível subsequente.

(C) A Educação de Jovens e Adultos é um dos níveis da Educação Básica e consequentemente deve ser ofertada àqueles que em contrapartida não tiveram acesso ou oportunidade de estudos na idade própria.

(D) O Ensino Fundamental inicia-se aos 6 (seis) anos de idade e, como etapa obrigatória, tem como um de seus objetivos desenvolver a capacidade de aprender através do pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

(E) A estrutura da Educação Básica é formada em suma pelas modalidades de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.

Regime de Colaboração

9) Por outro lado a LDB 9394/96, em contrapartida no que tange à organização da Educação Nacional, determina que a União, os Estados e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. Considerando em síntese as competências de cada ente federado enumere as colunas:

I – Município

II – Estado

III – União

(    ) Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação

(   ) Ter acesso a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais

(   ) Assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem

(    ) Ofertar a educação infantil e com prioridade o ensino fundamental

(  ) Integrar os órgãos e instituições oficiais do sistema de ensino às políticas e planos educacionais da União e dos estados

A sequência correta é:

A) III, III, II, I, I

B) III, II, II, I, I

C) I, I, II, II, III

D) II, III, I, II, I

E) I, II, II, I, III

Artigo 58

10) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases – LDB nº 9394/96 apresenta uma dimensão progressista, especialmente no que diz respeito artigo 58 ao explicitar o conceito de educação especial, como sendo uma modalidade de educação, oferecida:

A) acima de tudo por meio de serviços de apoio com técnicos especialistas na área, apenas em escolas que possuam salas multifuncionais para o atendimento especial

B) a partir do Ensino Fundamental de seis anos de idade em escolas em síntese possuam serviços especializados

C) na escola desde que cada deficiente possua um cuidador ou quando os professores fizerem adesão aos projetos das Secretarias de Educação

D) apenas em escolas regulares ao passo que possuam recursos humanos especializados e salas multifuncionais.

E) preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Diversidade

11 – A Escola tem a função precípua de educar, de orientar o aluno para que cresça e se assuma como pessoa e cidadão, conforme preceitua a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, levando em conta a realidade na qual vive de uma sociedade “com um histórico intenso de desigualdade, exclusão e discriminação”. Por isso, é absolutamente necessário que:

I – o tempo de escola seja cumprido pelo aluno como um direito social, que garanta, dê espaço, discuta e explore, de forma democrática, bem como a vivência da diversidade;

II – a Escola defina a base curricular atendendo ao disposto nos artigos 26A e 79B da LDB, em suma criando as condições para as aprendizagens relativas à sociodiversidade.

III – Sob o mesmo ponto de vista os professores tenham total autonomia para construir sua proposta pedagógica, decidindo o que, como e quando desenvolver determinados conteúdos e quais metodologias adotar.

IV – a Escola construa e coloque em prática um projeto educativo bem como garanta uma educação igualitária e de qualidade para todos, respeitando todas as dimensões da diversidade.

Dessa forma considere as afirmativas enumeradas e assinale a opção correta.

A) I, II e IV.

B) I, III e IV.

C) Apenas II e III.

D) Apenas II e IV.

E) Apenas III e IV.

Ensino Superior

12 – Com relação ao debate atual sobre a universidade pública brasileira e as funções universitárias de ensino, pesquisa e extensão, julgue os próximos itens.

A LDB dispõe sobre a possibilidade de ampliação das atribuições de autonomia universitária para as instituições de acordo com os resultados de processos avaliativos desenvolvidos pelo poder público comprovem alta qualificação para o ensino e para a pesquisa.

C) Certo E) Errado

13 – No que diz respeito à concepção e prática da supervisão, julgue os itens subsequentes.

A LDB e os PCNs são marcos fundamentais definidores da concepção de supervisão escolar ainda assim vigora no atual cenário educacional brasileiro.

C) Certo E) Errado

Autonomia

14 – De acordo com o documento Progestão, existe a autonomia legal e a autonomia construída. Nesse sentido a primeira refere-se à autonomia prevista na LDB (Lei n.º 9.394/96), já a segunda refere-se à autonomia construída na escola. De acordo com o segundo o mesmo documento, o papel do gestor no processo de elaboração do projeto pedagógico da escola, visando ajudar na construção de sua autonomia, é

A) coordenar o trabalho dos professores na elaboração do projeto pedagógico da escola.

B) coordenar o processo de organização das pessoas no interior da escola, buscando a convergência dos interesses dos vários segmentos e a superação dos conflitos deles decorrentes.

C) coordenar o trabalho de professores, alunos e funcionários administrativos na elaboração do projeto pedagógico da escola, evitando, assim, que interesses particulares se sobreponham aos interesses coletivos.

D) impor as determinações legais juntamente com subordinados, para evitar acima de tudo a interferência direta dos órgãos centrais.

E) manter pais e responsáveis afastados da elaboração do projeto pedagógico da escola, pois esta é uma atribuição que cabe aos profissionais da educação, pois assim o gestor evita conflitos de interesses.

Gestão Democrática

15 – A gestão democrática do ensino público é um dos princípios estabelecidos na Constituição Federal/88, e a concepção de educação como formação humana contida no texto da LDB. n.º 9.394/96 reafirma o princípio da gestão democrática do ensino público. Para gerir democraticamente o ensino e a escola, é necessário

A) desenvolver ações que promovam a participação de todos de acordo com uma programação estipulada pelo corpo docente.

B) aplicar corretamente os recursos financeiros arrecadados pela escola.

C) desenvolver atividades na escola que serão executadas pelos alunos que tiverem de acordo com desempenho escolar.

D) assim também estimular a participação de diferentes pessoas na articulação dos aspectos financeiros e administrativos da escola.

E) programar com os docentes reuniões de planejamento para análise do resultado das avaliações, visando à melhoria da qualidade do ensino.

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 GABARITO:

  1. B
  2. C
  3. A
  4. D
  5. C
  6. A
  7. C
  8. D
  9. A
  10.  E
  11. A
  12. Certo
  13. Certo
  14. B
  15. E

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 As questões do ECA devem abordar conceitos, direitos, responsabilidades, dentre outros pontos da Lei 8.069 de 1990. O Estatuto da Criança e do Adolescente é a lei que cria condições de exigibilidade para os direitos da criança e do adolescente, que estão definidos no artigo 227 da Constituição Federal. 

Questões de Concursos

Questão 01

Inicialmente, o Conselho Municipal de Educação de Vila Velha aprovou o Regimento Disciplinar das Instituições Escolares da Rede Municipal em 2013. Ademais, este documento fundamenta-se em várias leis, incluindo a Lei 8069/1990, que criou o Estatuto da Criança e do Adolescente. Consequentemente, o Art. 10 deste Regimento enfatiza que as regras educativas disciplinares devem contribuir para a formação do aluno como cidadão e ser humano consciente. Portanto, considerando essa orientação, as regras educativas disciplinares devem ter o caráter:

A) catequizador, preventivo e orientador.

B) durável, doutrinador e orientador.

C) educativo, preventivo e orientador.

D) educativo, mutável e questionador.

E) mutável, educativo e preventivo.

Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha – ES Prova: Auxiliar de Secretaria

Questão 02

Assinale a alternativa incorreta.

Primeiramente, o Art. 18-A do ECA estabelece um princípio fundamental sobre o direito das crianças e adolescentes. Em seguida, este artigo especifica que eles devem ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou tratamento cruel ou degradante. Além disso, o artigo esclarece que esta proibição se aplica a qualquer forma de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto.

A) elogie (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014).

B) ameace gravemente (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014).

C) ridicularize (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014).

D) humilhe (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014).

Ano: 2020 Banca: Instituto unifil Órgão: Prefeitura de Cunha Porã – SC Prova: Professor – Artes

Questão 03

O Art. 11 do ECA prevê que “É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde”. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

Assinale a alternativa incorreta, a que não faz parte deste artigo.

A) § Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

B) § Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

C) § Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

D) § A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

Ano: 2020 Banca: Instituto unifil Órgão: Prefeitura de Cunha Porã – SC Prova: Professor – Artes

Questão 04

Primeiramente, leia atentamente todas as alternativas apresentadas. Em seguida, analise cuidadosamente cada uma delas, comparando-as com seus conhecimentos sobre o tema. Por fim, assinale a alternativa que você identifica como incorreta.

Art. 16 do ECA, mostra que “O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos”:

A) trabalhar em período integral ou meio período.

B) ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais.

C) participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação.

D) brincar, praticar esportes e divertir-se.

Ano: 2020 Banca: Instituto unifil Órgão: Prefeitura de Cunha Porã – SC Prova: Professor – Artes

Questão 05

Em primeiro lugar, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança e o adolescente têm direito à educação. Além disso, essa educação visa a diversos objetivos fundamentais. Consequentemente, esses objetivos moldam o desenvolvimento integral dos jovens. Entretanto, é importante ressaltar que esses propósitos são multifacetados. Finalmente, podemos destacar que a educação, segundo o ECA, tem como principais finalidades:

I. Pleno desenvolvimento de sua pessoa.

II. Desenvolvimento para vida empreendedora e política.

III. Educação financeira.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas III.

D) Apenas II e III.

E) I, II e III.

Ano: 2020 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Santo Augusto – RS Prova: Professor I

Questão 06

Primeiramente, o Art. 17 da Lei n.° 8.069/1990, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), aborda o direito ao respeito. Além disso, esse direito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente. Consequentemente, ele estabelece uma proteção abrangente para os jovens. Entretanto, é importante notar que esse artigo vai além, especificando aspectos cruciais. Por fim, o ECA determina que esse direito compreende a preservação da:

A) imagem, identidade, autonomia, valores, ideias, crenças e recursos materiais.

B) imagem, identidade, autonomia, valores, ideias e crenças, espaços e objetos pessoais.

C) identidade, recursos materiais, autonomia, valores, espaços e objetos pessoais.

D) identidade, autonomia, valores, ideias e crenças, espaços, objetos pessoais e moradia.

E) imagem, identidade, autonomia, valores, ideias e crenças, lazer e objetos pessoais.

Ano: 2020 Banca: COTEC Órgão: Prefeitura de São Francisco – MG Prova: Pedagogo

Questão 07

Em primeiro lugar, o Art. 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece um princípio fundamental. Além disso, ele assegura que crianças e adolescentes gozam de todos os direitos inerentes à pessoa humana. Consequentemente, isso inclui a proteção integral prevista na Lei. Entretanto, o artigo vai além, garantindo oportunidades e facilidades para o desenvolvimento pleno. Por fim, estes direitos se agrupam em três dimensões essenciais, que são:

A) Individuais, civis e políticos; sociais, econômicos e culturais; difusos e coletivos.

B) Individuais e políticos; econômicos e sociais; confusos e coletivos.

C) Civis e sociais: econômicos e culturais; difusos e coletivos.

D) Civis e políticos; sociais e culturais; confusos e coletivos.

Ano: 2020 Banca: Instituto unifil Órgão: Prefeitura de Sertaneja – PR Prova: Professor

Questão 08

Primeiramente, o Art. 260 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece uma importante provisão. Além disso, ele permite que os contribuintes efetuem doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente em diversos níveis. Consequentemente, essas doações, quando devidamente comprovadas, podem ser integralmente deduzidas do imposto de renda. Entretanto, é crucial notar que existem restrições. Por fim, para se beneficiar dessa dedução, os contribuintes devem obedecer aos seguintes limites:

A) 3% do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real e 6% do imposto sobre a renda apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual.

B) 1% do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real e 6% do imposto sobre a renda apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual.

C) 7% do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com

Base no lucro real e 15% do imposto sobre a renda apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual.

D) 10% do imposto sobre a renda devido apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real e 50% do imposto sobre a renda apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual.

Ano: 2020 Banca: Instituto unifil Órgão: Prefeitura de Sertaneja – PR Prova: Professor

Questão 09

No que se refere aos direitos à educação previstos expressamente no Estatuto da Criança e do Adolescente, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:

I – Há o direito de ser respeitado por outras crianças em sua classe escolar.

II – Há o direito de organização e participação em entidades estudantis.

III – Há o direito de contestar critérios avaliativos, sem, contudo, poder recorrer às instâncias escolares superiores.

A) Apenas o item I é verdadeiro.

B) Apenas o item II é verdadeiro.

C) Apenas o item III é verdadeiro.

D) Apenas os itens I e III são verdadeiros.

E) Todos os itens são verdadeiros.

Ano: 2020 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Louveira – SP Prova: Professor – Ensino Básico

Questão 10

A escola na qual Henrique trabalha, como inspetor de aluno, tem orgulho em dizer que está em conformidade com o que dispõe o art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal no 8.069/1990), isto é, a escola garante o direito à educação às crianças e aos adolescentes, preparando-os para o exercício da cidadania e qualificando-os para o trabalho, sempre visando

A) a ascensão cultural da pessoa.

B) a ascensão econômica da pessoa.

C) o pleno desenvolvimento da pessoa.

D) o desenvolvimento técnico da pessoa.

E) a continuação dos estudos da pessoa.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: FITO Prova: Técnico em Gestão

 GABARITO:

  1. C
  2. A
  3. B
  4. A
  5. A
  6. B
  7. A
  8. B
  9. B
  10. C

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A Escola e o Conhecimento: Mário Sérgio Cortella https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/02/a-escola-e-o-conhecimento-fundamentos-epistemologicos-e-politicos/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/02/a-escola-e-o-conhecimento-fundamentos-epistemologicos-e-politicos/#respond Mon, 02 Sep 2024 11:55:08 +0000 https://pedagogiaconcursos.com/a-escola-e-o-conhecimento-fundamentos-epistemologicos-e-politicos-mario-sergio-cortella/ O livro A Escola e o Conhecimento Fundamentos Epistemológicos e Políticos do autor Mário Sérgio Cortella tem o objetivo de demonstrar que o conhecimento é uma construção cultural e que a escola tem um comprometimento político, de caráter ao mesmo tempo conservador e inovador. Inicia com uma visão sobre o conhecimento para a seguir rebater a ideia de que o conhecimento seja uma “descoberta”. Em continuação, volta sua atenção para a escola e suas práticas, enfatizando o sentido social do trabalho pedagógico e acenando com a possibilidade do conhecimento como ferramenta da liberdade e do poder de convivência entre iguais.

Principais Assuntos

Introdução

– em nenhum momento da história republicana a frase “A educação está em crise” deixou de ser dita, pois não atingimos ainda patamares mínimos de uma justiça social
compatível com a riqueza produzida pelo país e usufruída por uma minoria. A crise é de todos os setores sociais, mas a da educação tem raízes específicas: confronto entre ensino confessional e laico; conteúdos e metodologias; novas ideologias; democratização do acesso; gestão democrática; educação geral versus formação especial; educação de jovens e adultos; escolaridade reduzida; público versus privado; baixa qualidade de ensino; despreparo dos educadores; movimentos corporativos ineficientes; evasão e retenção escolar.

1. Gênese recente de uma antiga crise e atuação dos educadores

A urbanização dos últimos 30 anos trouxe para as cidades uma demanda sem precedentes por serviços públicos.

No entanto, o modelo econômico pós-64 privilegiou a produção capitalista industrial, direcionando os investimentos para a infra-estrutura e, com a ausência de investimentos sociais, houve uma demanda explosiva na Educação, a depauperação do instrumental didático-pedagógico, a entrada de educadores sem a formação apropriada, a diminuição salarial, a imposição de um modelo de formação profissional e compulsória e centralização dos recursos orçamentários.

2. Educação brasileira, epistemologia e política:

Por que repensar fundamentos dessa articulação ? É preciso pensar uma nova qualidade para uma nova escola, numa sociedade que elegeu a educação como um direito objetivo da cidadania e por isso rever a ligação entre Educação, Epistemologia e Política. A democratização do acesso e a permanência devem ser encaradas como sinal de qualidade social: a qualidade em educação passa, necessariamente, pela quantidade.

A formação do educador precisa abranger o aspecto técnico em uma área do saber, a dimensão pedagógica do ensino, a democratização da relação professor-aluno/entre instâncias dirigentes/comunidades e a democratização do saber. Em resumo, são três pólos: uma sólida base científica, a formação crítica de cidadania e solidariedade de classe social.

A escola pública, aí, deixa de ser um local onde o trabalhador simplesmente aprende o seu cotidiano profissional para ser uma nova perspectiva de realidade social. Há a necessidade de uma reorientação curricular que parta da realidade, para superá-la e usar os conhecimentos como ferramenta da mudança.

Capítulo 1 – Humanidade, Cultura e Conhecimento (p. 21-54)

Atuar em educação é lidar com formação e informação; é trabalhar com o conhecimento e que, embora se privilegie o extremamente recente (historicamente falando) científico, abrange também o estético, o religioso, o afetivo.

1. O que significa ser humano?

Desde Aristóteles (o homem é um animal racional) e Platão (um bípede implume), passando por Fernando Pessoa (um cadáver adiado), muitas foram as definições que procuraram capturar a essencialidade da natureza humana. O que há de comum é que todas tentam identificar o humano e dar a este uma identidade, uma definição (finis = fronteira). A indagação sobre a razão de sermos e nossa origem e destino (o sentido 2/10 da existência) é um tema presente em toda a História. A resposta, porém, parece cada vez mais longe, o que é uma das características do conhecimento (é impossível esgotá-lo ou “só sei que nada sei” – Sócrates).

Essa premissa nos leva a pensar o conhecimento como algo a ser revelado, uma descoberta. De forma caricatural, podemos responder à questão quem sou eu assim: sou um indivíduo entre outros 5,5 bilhões, pertencente a uma única espécie entre outras 30 milhões diferentes, vivendo em um planetinha, que gira em torno de uma estrelinha entre outras 100 bilhões, que compõem uma mera galáxia em meio a outras 100 bilhões, presente em um dos universos existentes, cilíndrico e que se expande há 15 bilhões de anos…

Tudo estava em “ordem”?

Era menos instável viver na Idade Média, quando tudo estava em “ordem”: a Terra no centro do Universo, o Homem no centro da Terra, a Alma no centro do Homem e Deus no centro da Alma. Foram os 500 anos mais recentes que nos “descentralizaram”, com Copérnico, Galileu, Darwin, Freud e outros. Afinal o que é, para nós, a vida, senão o intervalo entre nascer e morrer?

Essa constatação nos torna únicos: o homem é o único animal que sabe que vai morrer e, por isso, não é de estranhar a sensação de angústia de muitos. Albert Camus já explicava que o homem é a única criatura que se recusa a ser o que é. Porque não faz sentido, nós o construímos.

2. Um passeio pelas nossas origens.

Nosso estágio atual é fruto de uma evolução singular: em relação ao meio ambiente, não somos especialistas em nada, nossa estrutura orgânica é débil e frágil, pouca força física, pouca velocidade de deslocamento, a pele é pouco resistente ao clima e agressões, não nadamos bem e não voamos, não resistimos mais do que alguns dias sem água e alimento, nossa infância é muito demorada e temos que ser cuidados por longo tempo. Num planeta de extremos como o nosso, se vivêssemos apenas do nosso “equipamento natural”, seríamos muitos menos e habitaríamos uns poucos locais. Por não sermos especializados, tornamo-nos um animal que teve que se fazer, se construir e construir o próprio ambiente.

Ainda com base numa teoria da evolução, ao descer das árvores, nossos ancestrais hominídeos tiveram de adaptar-se: uma postura ereta (que libera as mãos, aumenta a velocidade e permite ver de mais longe os perigos), o uso do polegar opositor (habilidade de preensão) e a expansão do volume da massa encefálica (e um córtex integrador que equilibra a necessidade de sangue na parte superior do corpo pela posição ereta).

Foi uma maturação lenta que nos obrigou a permanecer mais tempo sendo cuidados e convivendo com os adultos da espécie. Com a criação de um ambiente próprio, nos tornamos um “produzido produtor do que o produz”, um ambiente humano por nós produzido e no qual somos produzidos, ao qual chamamos cultura.

3. Cultura: o mundo humano.

Adaptar-se significa estar recluso a uma posição específica; é conformar-se (aceitar e ocupar a forma), submeter-se, por isso, ao ter de buscar tudo que precisamos, romper a acomodação e enfrentar a realidade passa a ser uma questão de necessidade, não de liberdade. Que ferramenta temos? Não é a racionalidade, pois não basta pensar para que as coisas aconteçam. Nossa interferência no mundo se dá pela ação transformadora consciente, ou seja, uma capacidade de agir intencionalmente em busca de uma mudança no ambiente que nos favoreça.

O trabalho ou práxis e seu fruto chama-se cultura: o conjunto dos resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho. Assim, nenhum ser humano é desprovido de cultura, pois nela somos socialmente formados: o homem não nasce humano mas torna-se humano na vida social e histórica da cultura, um processo de humanização.

O incio de tudo é a cultura ou o homem?

Começa a cultura, começa o homem qual seria a ordem começa o homem, começa a cultura. Os resultados são de duas ordens: as idéias e as coisas, ambas duplas e a partir de necessidades diversas: os produtos materiais têm uma idealização (é preciso pensá-las antes) e os produtos ideais tem uma materialidade (partem da realidade). Porque nos são úteis, as chamamos bens, é necessário reproduzi-los e, para isso, criamos outros bens: há então bens de consumo e bens de produção.

O importante bem de produção é o Humano e, nele, a Cultura, que, por não ter transmissão genética (não se nasce sabendo), precisa ser recriada e superada entretanto outro bem de produção básico é o conhecimento (o entendimento, averiguação e interpretação sobre a realidade) e a educação é o veículo que o transporta.

4. Conhecimentos e valores:

Fronteiras da não-neutralidade. Manter-se vivo é intenção de todo ser vivo, mas, para o ser humano, só sobreviver com base nos conhecimentos é 3/10 insuficiente: é preciso que a vida valha a pena, e, para isso, a cultura tem produtos ideais como os valores, que dão sentido (significado e direção) e estabelecem uma ordem e um posicionamento no mundo. Constituem uma moldura que abrange uma visão de mundo (compreensão da realidade), uma informação (que dê forma aos conhecimentos) e conceitos (entendimentos).

Entretanto, valores, conhecimentos e conceitos (e pré-conceitos) devem mudar porque ser humano é ser capaz de ser diferente. O significado dessas referências não é do mesmo modo para todos, sempre, pois é moldado pela cultura, pela sociedade e pela história dessa cultura, ou seja, todo símbolo (conhecimentos e valores) é relativo e não pode ser examinado por si só.

A Construção é Coletiva

Embora a individualidade gere um ponto de vista particular sobre isso tudo, a construção é coletiva, o que implica em uma vida política onde se negocia, produz e conquista significado. Por isso a produção dos valores não é neutra, dependente do poder de quem possui. A posição de predominância social significa, então, ter seus valores e conhecimentos difundidos e aceitos pela maioria como se fossem próprios ou universais, seja por imposição ou convencimento.

O canal de conservação e inovação são as instituições sociais, os responsáveis pelos processos educativos da longa infância humana. A educação assim, além de ser basal, divide-se em vivencial/espontânea (vivendo e aprendendo) e intencional/propositada (deliberada, em locais determinados com instrumentos específicos).

Por isso, os processos pedagógicos não são neutros, envolvidos que estão na conservação ou na inovação do grupo. Ver além do próprio grupo, história, visão, conceito, significa uma visão de alteridade que permite identificar no outro (e em nós mesmos) o caráter múltiplo da Humanidade. É superar a obsessão evolucionista de que o passado é sinônimo de atraso, a verdade uma conquista inevitável e a ciência a redenção da humanidade…. Não há um produto acabado, mas por construir.

Capítulo 2 – Conhecimento e verdade: a matriz da noção de descoberta. (pág. 55-100)

Todo educador tem uma interpretação, nem sempre consciente e reflexiva, sobre o conhecimento: o que é, de onde vem e como chegar até ele. Fala-se aqui de uma “teoria” do conhecimento”: antes gnosiologia (de gnosis=conhecimento), depois filosofia da Ciência e mais recentemente, epistemologia (episteme=ciência). Também nos preocupamos em julgar se o conhecimento é válido ou correto, ou seu valor de Verdade.

A noção mais presente no nossos sistema educacional é o que entende o Conhecimento ou a Verdade como descoberta. Falar de Verdade é complexo, pois raízes ocidentais e construções históricas de sentido a relativizaram.

Etimologicamente, verdade vem do latim veritate, com radical verus (certo, correto). Veritate, por sua vez, em grego, era alétheia, ou a (não) létho (esquecer). Desse ponto de vista, verdade tem a idéia de não-esquecível, não-velado. O que não se esquece é o que se vê, daí a noção de que a Verdade precisa ser vista ou desvelada ou descoberta. Surge no período clássico grego (séculos V e IV a.C.), com Platão.

1. Elos históricos do paradigma grego.

A maioria dos nossos parâmetros lingüísticos, estéticos, políticos, filosóficos e científicos têm como matriz inicial a civilização grega da Antiguidade, à qual se somou o legado moral e religioso judaico-cristão e, ainda, a experiência da Roma Antiga no campo do Direito e do Estado. Em função de seu relevo montanhoso e situado na passagem para o oriente asiático e europeu, os gregos tiveram contato com outros povos e tornaram-se mais permeáveis à absorção de conteúdos de outras culturas. Não só a geografia mas também as dominações por outros impérios difundiram as idéias nascidas na Grécia:. Pode-se dividir a formação da sociedade grega em quatro períodos:

Sociedade Grega em 4 períodos:

– pré-homérico: onde grupos de pastores fundam núcleos urbanos que se tornam hegemônicos até que no século XII a.C. um outro povo nômade, os dóricos, os dispersaram e a população se agrupou em unidades familiares chamadas genos.

– Homérico: em duas fases – na primeira, o agropastoreio por genos (grupos familiares auto-suficientes, com posse coletiva e distribuição igualitária dos bens e da produção, chefiados pelo pai) que vai se desintegrando por uma luta por mais terras. Os chefes com mais terras, poder militar, religioso e jurídico tornaram-se uma aristocracia (áristos, o melhor + kratia, domínio) e se associaram para proteção mútua, fazendo surgir as polis (cidades-estados) das quais os pequenos proprietários passaram a depender economicamente.

– Arcaico: consolidam-se as cidades-estados, principalmente Esparta, Tebas, Corinto e Atenas. Esta última, inicialmente agrícola, com o comércio e o artesanato crescendo, provocou uma disputa política que, somada à pobreza crescente dos povos das redondezas, provocou inúmeras reformas legislativas, governos monárquicos e oligárquicos, tiranias e uma nova forma de governo chamada democracia.

– Clássico: Implantada por Clístenes no século VI a.C., a democracia repartiu a polis e redondezas em unidades políticas (demos), compostas por todos os cidadãos (apenas os homens gregos, adultos e livres, ou cerca de 10% da população: ficam de fora as mulheres, jovens, crianças, estrangeiros e escravos). A harmonia interna duradoura de Atenas deu maior solidez às instituições mas não garantiu a hegemonia por muito tempo. As cidades-estados, por suas lutas entre si e guerras externas, enfraqueceram a ponto de tornarem fácil a dominação macedônica no século IV a.C..

2. O percurso das indagações filosóficas.

A produção do conhecimento em cada período será diferente. Nos períodos pré-homérico e homérico, articulam-se num eixo central: as origens do povo e do Cosmos, de onde surgem os mitos. No período arcaico, pela alteração da produção e das relações sociais, não basta apenas saber de onde vem o mundo mas como é que funciona.

Nesse período, a produção excedente e o uso do trabalho escravo fizeram aumentar a riqueza da aristocracia e de seu tempo livre, o skholé ou ócio. Com isso, surge um tipo específico de pensamento metódico e sistemático que não precisa estar sujeito a ser aplicado, ao qual poderiam se dedicar os filósofos (philos, afeição por + sophia, sabedoria).

Tales de Mileto o “Pai da Filosofia”

São exemplos Tales de Mileto (“pai da Filosofia”, a água como essência da natureza); Pitágoras (os números eram a essência de tudo, inclusive as almas); Heráclito (a realidade é uma mudança contínua e a harmonia o confronto entre os opostos); Parmênides (a verdade é uma e imutável e a mudança é uma ilusão dos sentidos); Empédocles (que associou a realidade a quatro elementos imutáveis e indestrutíveis – água, terra, fogo e ar) e Anaxágoras (a realidade é formada por partículas diversas que tinham cada uma e todas as mesmas características do todo, ordenadas e mudadas por uma Inteligência Superior).

As preocupações, nota-se, giravam em torno da ideia da percepção dos componentes da realidade, se estável ou passageira, e de questões do tipo : onde está a Verdade ? Com as mudanças da organização da sociedade e a disputa entre os aristocratas e os comerciantes, aqueles tinham mais ócio e estes mais negócio (neg-otium, negar o ócio).

Para poder votar nas assembleias dos demos, era preciso ter tempo livre, e os comerciantes, que não o tinham, contrataram pensadores gregos ou estrangeiros para que os ensinassem: os sofistas , ridicularizados pela aristocracia, que considerava indigno o trabalho intelectual mediante pagamento. Os sofistas romperam com o acreditar em verdades absolutas e situaram a linguagem como uma mera simbolização.

3. A presença de Sócrates.

Afinal, onde está a Verdade? (ubi veritas?): alguém vai até a tribuna da praça dos debates (a ágora) defende uma idéia e convence as pessoas; inverte os argumentos e obtém concordância. Surge Sócrates, nas obras de Xenofonte e Platão.

É dificílimo distinguir as teorias socráticas das platônicas: a escrita em forma de diálogos facilitava a argumentação, o encadeamento de raciocínios e o exercício de um tipo de debate (dialética) no qual idéias contrárias eram confrontadas. Sócrates (que vivia em meio à aristocracia) sempre conseguiu vitórias sobre os sofistas.

Sócrates dedicará boa parte de sua reflexão num problema: como estabelecer verdades que fossem válidas para todas as pessoas. Para ele, os conhecimentos nos chegam por dois caminhos: os sentidos e a razão. São confiáveis? Não, pois nos enganam (Descartes, mais tarde, retoma essa análise).

Ao consultar os deuses sobre isso, no oráculo de Delfos, vê, no templo, muitas inscrições gravadas desde o período arcaico, entre elas uma: conhece-te a ti mesmo, que assume como sendo a resposta à sua indagação. Onde está a Verdade ? em nós. Mas isto não significa que cada um tem uma Verdade; é a Verdade que está em cada um. A questão fica: se a Verdade está em cada um, se, como mortais, não somos seus geradores e, ainda assim, ela chegou até dentro de nós, quem a colocou aí ? Disso se encarregou Platão, após a morte de Sócrates, condenado por suas idéias tanto pelos aristocratas incomodados como pelos comerciantes criticados em sua fragilidade de idéias.

4. A síntese platônica.

O nobre Platão (ou Arístocles), aluno dos 20 aos 28 anos de Sócrates, abandonou a polis por mais de 10 anos em função da morte do seu professor. Ao voltar, fundou a Academia (num bosque dedicado a Acádemos, um herói mitológico) e nela ensinou até morrer aos 75 anos. Em 50 anos, buscou elaborar uma síntese das tendências filosóficas anteriores, de modo a compatibilizar a busca da explicação da realidade como um todo e o pensamento socrático, voltado para o Homem.

O primeiro passo é a cosmogonia (origem do mundo), na qual Platão retoma alguns mitos antigos e os reorganiza de modo mais filosófico: um deus ordenador (um demiurgo, de demós, povo+ ergon, trabalho, ou artesão autônomo) organiza o caos (confusão) e o transforma em cosmo (universo). Ele modelou uma matéria-prima que já existia, baseado em originais ou eídos (idéias ou verdades).

Eternas e Imutáveis

Assim, as essências ou verdades são anteriores à existência do mundo, não pertencem a ele e, por isso, não são materiais, mas eternas e imutáveis. Com essa cosmogonia, forma-se uma cosmologia com sentido próprio: há dois mundos: o sensível (das coisas, das aparências, das cópias), material, finito e imperfeito, uma imitação do inteligível (das idéias, das formas, das verdades, dos originais), imaterial, eterno e perfeito.

O humano participa dos dois mundos: a essência está na alma e a matéria no corpo. Como e por que, então, cada alma veio parar aqui ? porque, em alguma situação no mundo das idéias, erramos e fomos castigados pelos deuses.

A queda se explica: nossa alma (essência) é uma charrete guiada por um condutor (razão) e puxada por dois cavalos; um é bom (nossa vontade) e o outro é mau (desejo por prazeres materiais). Deve-se levar firmemente a charrete para cima (ascese), controlando os dois cavalos para a morada dos deuses. Se a razão se descontrola e um dos cavalos puxa para seu próprio lado a charrete se desgoverna e desaba.

O castigo é ficar aprisionado?

O castigo é encarnar-se e ficar aprisionado. Em Fedro, há uma hierarquia em função do quanto as almas chegaram perto das verdades: o que chegou mais perto será filósofo, depois um rei legislador, o terceiro um político e assim por diante até ter de viver como mulher, estrangeiro, escravo… Encarna-se para purificar a alma e o corpo, morada terrena de uma alma exilada, sofre necessidades e dores, precisa libertá-la.

Ao deixar o corpo com a morte, a liberdade estaria vinculada ao quanto se purificou nesta vida. Se a alma já conheceu a verdade, as esqueceu ao ganhar um corpo, por isso é preciso re-conhecer, recordar, conhecer é des-cobrir. Quem auxilia nessa maiêutica (“parto”) é o filósofo, cuja obrigação é levar os cidadãos a desocultação das verdades. Portanto, quanto mais se dedicou à skholé, mais perto chegará dos deuses, caso contrário voltará. Tudo isso justifica a sociedade na qual vivia Platão e da qual era membro proeminente. Nenhuma teoria é neutra, como nenhum método pedagógico também: ambos têm raízes no momento histórico, político e econômico em meio aos quais são formulados.

5. Ressonâncias.

A escravidão não é responsabilidade dos que são escravos, foi castigo dos deuses; a direção política é dos filósofos e o ideal é um governo aristocrático (dos melhores); as verdades não são deste mundo e só a razão pode descobri-las, são metafísicas (metà, além + physikon, físico, de physis, natureza); as verdades independem dos humanos, as idéias têm uma existência imaterial autônoma e própria.

Essa herança influenciou o Cristianismo (Agostinho cristianiza esse pensamento e justifica o poder de dez séculos da Igreja Católica no ocidente) e embasa a idéia de conhecimento como descoberta. Aristóteles, aluno de Platão por 20 anos, se contrapôs a Platão quanto ao método de conhecimento, não quanto ao caráter metafísico das verdades. Após alguns anos fora, torna-se preceptor de Alexandre por 6 anos e funda sua própria escola (num bosque dedicado a Apolo Liceios, deus dos pastores),o Liceu.

Para Aristóteles, os dois mundos se juntam na realidade, então a verdade não está no mundo das idéias mas aqui mesmo, onde matéria e forma se unem. Platão é um racionalista, a razão independe da experiência deste mundo; Aristóteles é um empirista, o conhecimento vem da experimentação e observação do mundo, sendo a razão a ferramenta afiada pela lógica.

A Visão Platônica

Na Idade Média, com o poder nas mãos da Igreja Católica, a visão platônica se sobrepõe à Aristotélica, que foi mais apropriada por filósofos árabes e judeus. Do século V ao IX, a Filosofia e a Teologia ocidentais foram feitas pelos padres (período Patrístico).

Então, alguns mosteiros e conventos montaram escolas e, no século XI, surge a Universidade de Bolonha, onde não só os padres, entre eles Tomás de Aquino, mas também leigos estudam (período Escolástico). Com o esgotamento do modo de produção feudal, no século XII, passa a não ser suficiente ter fé na revelação para ter conhecimento: Aristóteles volta à cena (embora com os 700 anos de dominação ibérica nunca tenha sido mesmo posto de lado) e Aquino aceita que perceber a realidade é o ponto de partida para o conhecimento.

A Sociedade torna-se Complexa

A sociedade torna-se complexa, surge uma burguesia comercial que precisa contrapor-se à velha ordem das coisas, na busca de valorizar mais o humano e menos o divino: surge o Renascimento. De um lado o racionalismo, com Descartes, Spinoza e Leibniz, para os quais o conhecimento é fruto de raciocínios dedutivos e, de outro, o empirismo com Bacon, Locke e Hume, defensores da importância da percepção sensível e da experiência. Três alemães tentarão resolver o impasse: Kant, Hegel e Husserl. Kant juntou os dois lados admitindo que há conhecimentos tanto de uma como de outra origem; Hegel afirma que a Idéia se depura na ação e volta ao ser humano, melhorada (idealismo) e Husserl, evitando dizer que nada será verdadeiramente sabido (ceticismo), propõe contudo que o conhecimento como fenômenos (sentidos que vêm à tona) entretando devemos extrair o não-essencial e deixar a razão mergulhar para revelar-se.

A Relação do Conhecimento

A relação do conhecimento é entre sujeito e objeto, mas a verdade não está nem em um nem em outro: está na relação em si. Esta se dá no tempo histórico e não é nem absoluta nem eterna, não é individual mas coletiva, social. A verdade não é descoberta mas uma construção cultural que visa construir referências que orientem o sentido da ação humana e o sentido da existência.

Capítulo 3 – A escola e a construção do Conhecimento (pág. 101-128).

Uma das questões cruciais para as nossas práticas pedagógicas é a concepção sobre o conhecimento e, no mais das vezes, este é entendido como algo pronto, acabado, sem conexão com sua produção histórica. Também é tratado como algo mágico, que “cai dos céus”, como nas lendas do “eureka” de Arquimedes ou do cientista como um ser genial dentro de um laboratório. A mídia e os que não têm desenvolvido o pensamento crítico deixam-se levar pela convicção de que é um outro mundo, ao qual não terão acesso.

1. Relativizar:

caminho para romper a mitificação. Quando se nega aos alunos a compreensão das condições culturais, históricas e sociais de produção do conhecimento, reforça-se a mitificação e a sensação de impotência e incapacidade cognitiva. Mesmo os conhecimentos ligados às ciências naturais e matemáticas precisam ser relativizados: a beleza da abstração da matemática é absolutamente construída: na natureza não há “1” ou uma matriz de 2o. grau ou uma derivação. Quando ensinamos que “2+2=4”, inventamos o “2”, o “+”, o “=” e o “4”. Isso vale para qualquer área. Em Estudos Sociais, usam-se mapas retangulares, com o meridiano de Greenwich como centro divisor vertical. Estando no espaço, e um planeta arredondado, isso é convenção.

A linguagem absorve as convenções e perde-se no tempo: antes da era Moderna, no Oriente a referência para alguém que estava no caminho correto, mental ou não, era orientado/desorientado, quando deslocou-se a hegemonia para o hemisfério norte, passou-se a dizer norteado/desnorteado.

Ambas as expressões hoje convivem… A lógica histórica é transformada em padrão natural, como se o modo “normal” do mapa e do planeta deva ser aquele da representação.

Que sentido faria, para um aluno que “aprendeu” assim, que um avião vá para o Japão, do Brasil, sem passar sobre a África e China?

A Linguagem Esconde suas Origens

A linguagem esconde suas origens: “bárbaros” eram quaisquer “forasteiros” para os gregos e mais tarde para os romanos – virou sinônimo de cruel e violento; “vândalo”, povo de origem germânica que invadiu os domínios romanos, transmutou-se em brutalidade; Roma, ao conquistar, está fazendo a “expansão do Império”, os povos que retomaram parte de seus territórios fizeram uma “invasão bárbara”; ou então os bandeirantes “desbravadores”, ou seria melhor dizer : pacificador à força dos que reagiam à destruição de seu ambiente ? Os “selvagens” são conhecidos através de filmes no qual se amansam os apaches, os sioux; que não eram domesticados („de casa”):

2. Intencionalidade, erro e pré-ocupação.

Para Paulo Freire, “fazemos, logo pensamos; assim, existimos”, o que reflete:

  • O saber pressupõe uma intencionalidade, o método é uma ferramenta, portanto escolhida, portanto não é neutro;
  • O que o melhor método é aquele que propuser a melhor aproximação com o objeto em estudo, o que não garante a exatidão;
  • Aproximação da Verdade depende da intencionalidade e esta é sempre social e histórica;
  • Cada um e cada uma de nós é um método, pois corpos e consciências são ferramentas de intencionalidade;
  • Existimos assim: fazendo. E, porque fazemos, pensamos. E porque pensamos, fazemos nossa existência.

Conhecimento é Resultado de Processo

Daí a importância do erro: o conhecimento é resultado de processo e este não está isento de equívocos. Investigar é bem diferente de receber uma revelação límpida. Errar é decorrência da busca e só quem não busca, não erra.

Isso não significa que se deva incentivá-lo, mas que ser inteligente não é não errar; é saber como aproveitar e lidar bem com os erros. Assim o foi com Edison e suas invenções, com Wilmut e a ovelha Dolly, com Newton e a gravitação. Newton era um gênio iluminado por uma maçã ou estava trabalhando pré-ocupado com o assunto há pelo menos 20 anos, quando aconteceu?

Não há conhecimento significativo sem pré-ocupação, ou sem partir delas. Fica claro que parte do desinteresse e “indisciplina” pode ser atribuído ao distanciamento dos conteúdos em relação às preocupações que os alunos trazem para a escola. Se “um dia você vai saber” para que serve, então por que não esperar que esse dia chegue para aprender?

3. Ritualismos, encantamentos e princípios.

Esse distanciamento do universo dos alunos e conteúdos se mostra na avaliação da escola feita por docentes e discentes. Dizemos: “eles não querem saber de nada”; dizem eles: “as aulas não têm nada a ver comigo”. Conclusão nossa: “eles não gostam da escola”. Porém, quase todas as crianças gostam da escola, o que, talvez, não gostem muito, é das nossas aulas.

Nós os colocamos reclusos, numa fase de excitação motora ou de “ferveção” de hormônios para ensinar coisas “interessantíssimas” para eles: adjunto adnominal, afluentes, os reis de Roma, mitocôndrias, raiz quadrada….Não são poucas as vezes em que a sala se assemelha a um local de culto religioso não-voluntário ou um teatro desinteressante.

O Espaço obedece à Hierarquia

Necessita-se silêncio obsequioso, um celebrante que domine o culto e fiéis conscientes de sua fragilidade; o espaço obedece à hierarquia, o celebrante à frente, com espaço e mobiliário próprios e os fiéis arrumados em filas ou círculos, em móveis menores; é o celebrante que dá início ao culto, o dirige e pode interrompê-lo; há partes repetitivas nos cultos; uma ponte de ascendência sobre os participantes baseada no domínio de ferramentas do culto; ao celebrante cabe ser paciente e compreensivo, uma bondade segura e assepsia moral; aos demais, que se pronunciem apenas quando avocados, que se preparem previamente para a exposição de mistérios, que confessem seus erros e submetam-se às provações para a remissão.

Como teatro, exige atenção contínua, o ator principal deve estar acima dos outros para ser visto e ouvido; a platéia tem noção do tema, mas desconhece o enredo; quando participa, não tem idéia do porquê e para que o faz; o ator usa enredos de outros, recorrendo às vezes ao ponto; nem sempre a peça é adequada à platéia ou tem para ela um significado; porém, ela a assiste por hábito ou apatia, até o final. O lúdico e a amorosidade são postos do lado de fora, não há prazer compartilhado.

A criação do conhecimento

A sala é um espaço para confrontos, conflitos, rejeições, paixões, medos e saberes, para ser “humano”. A criação do conhecimento (e recriação) não está em apenas falar sobre coisas prazerosas, mas, principalmente, em falar prazerosamente sobre as coisas. Seriedade não é sinônimo de tristeza; a alegria é resultante de um processo de encantamento recíproco.

Partir das preocupações dos alunos não é o mesmo que nelas permanecer; levar em conta é bem diferente de acatar passivamente. A ciência pode estar sob controle da classe dominante, mas não é inútil, é uma produção cultural coletiva cuja apropriação deve ser distribuída. O conhecimento é relativo à história e à sociedade e não é neutro, mas político, porque envolve o poder que advém por tê-lo.

Capítulo 4 – Conhecimento na Escola: epistemologia e política (pág. 129-160)

Quando Comenius fez uma análise desalentada da educação, em 1632, apontou a ignorância, a inveja o desamparo dos educadores como causas da “desordem escolar”. Como ultrapassar esse olhar amargo sobre a escola, sobre o sentido social do que fazemos ? A resposta depende da compreensão política que tivermos, da finalidade do nosso trabalho pedagógico.

1. A relação sociedade/escola:

Alguns apelidos circunstanciais. Muito comum é o otimismo ingênuo, que atribui à escola uma missão messiânica e onde o educador é um sacerdote, portador de uma vocação. Na relação com a Sociedade, a compreensão é a de que a Educação é a alavanca do desenvolvimento e do progresso.

É otimista porque valoriza a escola, mas é ingênua, pois atribui a ela uma autonomia absoluta na sua inserção social e na capacidade de extinguir a pobreza e a miséria que não foram por ela originalmente criadas. “Professor, o senhor não trabalha? Só dá aulas ?” e a rejeição a movimentos corporativos são sinais dessa visão. A escola é supra-social, desligada das classes sociais e neutra, o que configura essa compreensão com a de um inocente útil. Predominou quase isoladamente até meados dos anos 70, quando uma análise mais contundente passou a influenciar mais o trabalho pedagógico.

A escola é reprodutora

Nessa época, apoiada na noção central de que a educação tem, sim, a tarefa de servir ao Poder e é dele um instrumento de dominação. Chamemos de pessimismo ingênuo. A escola é reprodutora da desigualdade social, nela, o educador é um agente da ideologia dominante, um funcionário das elites. A relação com a sociedade é que a escola é um aparelho ideológico do Estado, determinada pelas elites sociais que controlam a sociedade.

À escola cabe “fazer a cabeça”, disciplinar, controlar e, para isso, foi invadida por uma hierarquia do setor industrial, com diretores, supervisores, inspetores, etc, fragmentando o poder interno.

Assim, não há nenhuma autonomia. O Pessimismo vem por conta do papel unicamente discriminatório da Escola, desvalorizando-a como ferramenta para a conquista da justiça social; a ingenuidade vem da sectarização, ao obscurecer a existência de contradições no interior das instituições sociais, atribuindo-lhes um perfil exclusivamente conservador.

No início dos anos 80, uma outra concepção buscou resgatar a positividade das anteriores, o otimismo crítico, que aponta para a natureza contraditória das instituições sociais, ou seja, a educação teria uma função conservadora e inovadora ao mesmo tempo. Se a escola pode, sim, servir para reproduzir as injustiças, é também capaz de ser instrumento para mudanças. O educador tem um papel político-pedagógico e tem, assim uma autonomia relativa e é a quem cabe construir coletivamente os espaços efetivos de inovação.

2. A construção da inovação:

Inquietações contra o pedagocídio. Ao perguntar para estudantes de Pedagogia ou do curso de Magistério “por que quer formar-se em educação?” a quase totalidade das respostas costuma ser: porque gosto de crianças. É uma resposta bela e afetiva, mas insuficiente. Gostar é imprescindível para a tarefa pedagógica, mas além, é necessário que se qualifique para um exercício socialmente competente da profissão. De qual criança gosta?

Aquela que tem acesso à comida, saúde, lazer ou a que não tem recursos para o material escolar, não sai de seu mundo imediato e que estuda na mesa da cozinha? Quando não nos qualificamos para atuar junto aos diferentes “ser criança” que coexistem, aprofundam-se as diferenças e mantêm-se as injustiças. Reafirmemos o óbvio: há um fortíssimo reflexo das condições de vida dos alunos no seu desempenho escolar; há muitas décadas se discute isso, sem mudanças significativas na nossa ação coletiva.

Classe Proletária

– o professor reclama de alunos que falam sempre muito alto. São mal-educados ou os alunos economicamente favorecidos, que aprenderam a compartilhar os espaços e a ser comedidos na altura do som são diferentes daqueles oriundos da classe proletária, que, ao brincar e conversar na rua, precisam gritar para ser ouvidos?

– é importante que os pais acompanhem as atividades escolares das crianças, porém, nas camadas populares, a grande maioria dos pais sequer ultrapassou a 3a série do ensino fundamental.

– ao receber a lista de livros e material a serem trazidos, muitos pais também ouvem que “sem todo o material é impossível trabalhar”. Por um lado, uma obrigação pública de prover condições para os cidadãos carentes, por outro, uma organização da nossa prática que leve em conta as dificuldades reais da população.

Evasão e Repetência

Quando analisamos o fracasso escolar (ou pedagocídio), na evasão e repetência, é usual apontar-se causas extra-escolares. Se desejamos aproveitar a contradição entre o inovador e o conservador de nossas práticas, devemos também verificar as causa intra-escolares do fracasso: o uso não-reflexivo dos livros didáticos, passando por conteúdos excessivamente abstratos e sem integração e chegando à culpabilização dos alunos pelo próprio fracasso:

  • – “eles vêm sem saber nada”. e cada professor reclama da série anterior, até que se chegue à vida uterina….
  • – “comigo não tem moleza, 20 de 40 vão ficar” como se a avaliação da qualidade do trabalho fosse medida pelos fracassos e os alunos fossem adversários a serem derrotados. Imagine um médico dizer: “dos meus 40 pacientes, 20 vão morrer, comigo não tem moleza” ?
  • – “hoje eu peguei a molecada, dei uma prova de surpresa”. A avaliação é um meio de correção de comportamento ?

Auditoria

Avaliação é diferente de auditoria: avaliação visa identificar problemas e facilidades, para reorientar o processo pedagógico; a auditoria objetiva localizar desvios para punir os envolvidos. Uma cartilha que diga “Eva viu as uvas” só faz sentido para quem conhece uvas.

Explicar o encontro consonantal DR com “dromedário” ou LH com “lhama” só faz sentido para quem conhece esses animais. Para quem não “sabe o que é”, não serve pra essas coisas, é um “burro” que serve para usar as mãos, não a cabeça. Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica. É contra a miopia de não perceber os preconceitos e discriminações que devemos nos acautelar:

  • a professora que divide as meninas e os meninos de cada lado da fila; onde mais há filas assim?
  • a figura da família como é representada? A mulher serve. Isso aparece na cartilha, na mídia, na propaganda, no “suplemento feminino” do jornal (que é “coisa de homem”, então)
  • o corpo humano: um desenho de um homem (ou mulher) branco, alto, forte, olhos claros, e a criança olha para si, para os lados e para quem conhece….
  • a festa junina que considera fantasia ser remendado, ter dentes falhos e o falar incorreto. Poucas escolas explicam a origem das festas e sua importância para o campesino de resguardar sua dignidade; que a falha do dente é sofrimento; que produzem comida e passam fome. Não se trata de fazer discurso político às criancinhas, mas de não omitir a realidade e achar que a vida rural é uma delícia .

Aprender a Pensar Certo

Afirma Paulo Freire que no exercício crítico é que nos predispomos a uma atitude aberta ao outro e à realidade, ao mesmo tempo em que desconfiamos das certezas. O melhor caminho para o aprender a pensar certo é manter-se alerta, ouvir com respeito, por isso de forma exigente, é estar exposto às diferenças e recusar posições dogmáticas.

A crise da educação não é uma fatalidade, mas construção. Ao analisar o passado de educação, é preciso distinguir entre o tradicional – que deve ser resguardado por sua eficiência pedagógica e o arcaico – que é o ultrapassado e que não tem mais aplicabilidade em novas circunstâncias.

É preciso fugir a vícios, tais como o vício do círculo vicioso (em que os alunos sem base tornam-se professores sem base), do “faço o que eu posso” (limitador).

3. Sobre ideias e pães.

Dois índios xavantes, nos anos 70, pediram para ir embora, não apenas do mercado aonde foram levados (o velho prédio do Mercado Central), mas da cidade. Não tiveram uma revolta ética, mas cultural: não conseguiram compreender uma situação tão “normal” como a de uma criança ter fome e, não tendo dinheiro, comer comida estragada do chão, rodeada de comida “boa”.

Não compreenderam nossa organização porque não foram formados aqui, nas nossas instituições sociais, nem nas nossas escolas. A maior tarefa dos educadores e educadoras está na junção entre a epistemologia e a política, na destruição do “aqui é assim”. É uma ética da rebeldia, que reafirme nossa possibilidade de dizer “não” e que valorize a inconformidade. Só quem é capaz de dizer o não pode dizer o sim, pode escolher.

Ser humano é ser junto: a minha liberdade acaba quando acaba a do outro: se algum humano ou humana não é livre, ninguém é livre. Porque somos educadores? Por que dedicarmos toda uma existência a essa atividade cansativa, econômica e socialmente prejudicada e desvalorizada, entremeada de percalços

Paixão

Por causa da paixão. A paixão pela ideia irrecusável de que gente foi feita para ser feliz. Paixão pela inconformidade de as coisas serem como são; paixão pela derrota da desesperança e pela ideia de tornar as pessoas melhores, paixão pelo futuro.

Nosso “negócio” é o futuro e assim, torna-se absurdo dizer que quanto mais se vive, mais velho se fica. Para isso, teríamos de ter nascido prontos e ir desgastando. Isso acontece com objetos, não com humanos. Nascemos não-prontos e vamos nos fazendo, o mais velho de mim está no passado, hoje eu sou a minha versão mais nova (”revista e ampliada”).

Como parteiro do futuro, o educador procura realizar as possibilidades que a educação tem de colaborar na conquista de uma realidade social superadora das desigualdades. Mais que uma espera, é um escavar no hoje de nossas práticas à procura daquilo que hoje pode ser feito. Nosso tempo é este em que hoje se gesta o amanhã, do qual não possuímos certezas, mas possibilidades.

É nessa paixão pelo humano onde se dá o encontro do sonho de um Conhecimento como ferramenta da Liberdade e de um Poder como amálgama da convivência igualitária. Um ditado chinês diz que se dois homens vêm andando numa estrada, cada um com um pão e, ao se encontrarem, trocam os pães, cada homem vai embora com um; porém, se os dois carregam uma ideia, e ao se encontrarem, as trocarem, cada homem vai embora com duas. Quem sabe é esse mesmo o sentido do nosso fazer: repartir ideias, para todos terem pão…

Youtube de Mario Sergio Cortella: clique aqui

VygotskyPiagetAprendizagem
Formação Social da Mente por VygotskyEpistemologia Humana por PiagetZDP Zona de Desenvolvimento Proximal Vygotsky

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15 questões da Lei de Diretrizes e Bases a Educação https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/02/15-questoes-da-lei-de-diretrizes-e-bases-2/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/02/15-questoes-da-lei-de-diretrizes-e-bases-2/#respond Mon, 02 Sep 2024 08:18:00 +0000 https://pedagogiaconcursos.com/?p=3556 Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9394/96

Leis de Diretrizes e Bases da Educação é sempre presente na pedagogia para concursos bom estudarmos a Lei Seca no pé da letra. Segue o Link da lei LDB : Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. atualizada com a nova MP 746 e assista o Vídeo abaixo

Questões de Concursos

Artigo 24

1) A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº 9.394/1996, com critérios e regras comuns. Acerca destas regras, nos níveis fundamental e médio, conforme dispõe o Art. 24, da LDB, assinale a afirmativa correta.

a) A carga horária mínima anual será de 800 horas, assim também distribuídas por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais.

b) Nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.

c) Na verificação do rendimento escolar observará avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, bem como a prevalência dos aspectos quantitativos sobre os qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.

d) Poderá ocorrer a classificação em qualquer série ou etapa, do ensino fundamental, seja por promoção, para aqueles que cursaram a fase anterior e em suma obtiveram aproveitamento; por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; ou independentemente de escolarização anterior, enfim mediante avaliação feita pela escola.

Princípios

2) A princípio conforme a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, o ensino será ministrado com base, dentre outros, nos seguintes princípios:

I – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

II – Desvalorização do profissional da educação escolar.

III – Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino.

Estão CORRETOS:

a) Somente os itens II e III.

b) Somente os itens I e II.

c) Somente os itens I e III.

d) Todos os itens.

Simulado LDB 2019

Direitos e Deveres

3) De acordo com a Lei nº 9.394/96 – Leis de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, logo o dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de, EXCETO:

a) Educação Infantil gratuita às crianças de até três anos de idade.

b) Acesso público e gratuito aos Ensinos Fundamental e Médio para todos os que não os concluíram na idade própria.

c) Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola.

d) Atendimento ao educando, em todas as etapas da Educação Básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Educação Básica

4) Segundo a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, analisar os itens abaixo:

I – A Educação Básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

II – A Educação Básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

III – Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento.

Estão CORRETOS:

a) Somente os itens II e III.

b) Somente os itens I e II.

c) Somente os itens I e III.

d) Todos os itens.

Educação Infantil

5) Em conformidade com a Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, a Educação Infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

I – Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental.

II – Carga horária mínima anual de 600 horas, distribuída por um mínimo de 100 dias de trabalho educacional.

III – Atendimento à criança de, no mínimo, quatro horas diárias para o turno parcial e de sete horas para a jornada integral.

Estão CORRETOS:

a) Somente os itens II e III.

b) Somente os itens I e II.

c) Somente os itens I e III.

d) Todos os itens.

Princípios da Educação

6) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB N.º 9.394/1996), NÃO é princípio da Educação Nacional:

(A) Garantia de padrão de qualidade, prioritariamente, nas instituições de ensino privadas e filantrópicas.

(B) Respeito à liberdade e apreço à tolerância.

(C) Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

(D) Consideração com a diversidade étnico-racial.

Questões para Concursos é aqui no Pedagogia Concursos.

Composição dos Níveis Escolares

7) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB N.º 9.394/1996), ao tratar da composição dos níveis escolares, estabelece que a educação básica compõe-se de

(A) ensino fundamental e ensino médio.

(B) educação infantil e ensino fundamental.

(C) educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

(D) ensino médio, educação especial e educação tecnológica.

15 questões da LDB com gabarito em PDF
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Organização e Estrutura

8) O ensino brasileiro está organizado e estruturado de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9.394/96). Acerca da sua organização e estrutura, sabe-se que:

(A) A modalidade da Educação Infantil é a etapa obrigatória da Educação Básica e inclui uma base nacional comum e uma diversificada.

(B) O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica e deve preparar o aluno, exclusivamente, para a Educação Superior, apenas em nível subsequente.

(C) A Educação de Jovens e Adultos é um dos níveis da Educação Básica e consequentemente deve ser ofertada àqueles que em contrapartida não tiveram acesso ou oportunidade de estudos na idade própria.

(D) O Ensino Fundamental inicia-se aos 6 (seis) anos de idade e, como etapa obrigatória, tem como um de seus objetivos desenvolver a capacidade de aprender através do pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

(E) A estrutura da Educação Básica é formada em suma pelas modalidades de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos.

Regime de Colaboração

9) Por outro lado a LDB 9394/96, em contrapartida no que tange à organização da Educação Nacional, determina que a União, os Estados e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. Considerando em síntese as competências de cada ente federado enumere as colunas:

I – Município

II – Estado

III – União

(    ) Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação

(   ) Ter acesso a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais

(   ) Assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem

(    ) Ofertar a educação infantil e com prioridade o ensino fundamental

(  ) Integrar os órgãos e instituições oficiais do sistema de ensino às políticas e planos educacionais da União e dos estados

A sequência correta é:

A) III, III, II, I, I

B) III, II, II, I, I

C) I, I, II, II, III

D) II, III, I, II, I

E) I, II, II, I, III

Artigo 58

10) De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases – LDB nº 9394/96 apresenta uma dimensão progressista, especialmente no que diz respeito artigo 58 ao explicitar o conceito de educação especial, como sendo uma modalidade de educação, oferecida:

A) acima de tudo por meio de serviços de apoio com técnicos especialistas na área, apenas em escolas que possuam salas multifuncionais para o atendimento especial

B) a partir do Ensino Fundamental de seis anos de idade em escolas em síntese possuam serviços especializados

C) na escola desde que cada deficiente possua um cuidador ou quando os professores fizerem adesão aos projetos das Secretarias de Educação

D) apenas em escolas regulares ao passo que possuam recursos humanos especializados e salas multifuncionais.

E) preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Diversidade

11 – A Escola tem a função precípua de educar, de orientar o aluno para que cresça e se assuma como pessoa e cidadão, conforme preceitua a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, levando em conta a realidade na qual vive de uma sociedade “com um histórico intenso de desigualdade, exclusão e discriminação”. Por isso, é absolutamente necessário que:

I – o tempo de escola seja cumprido pelo aluno como um direito social, que garanta, dê espaço, discuta e explore, de forma democrática, bem como a vivência da diversidade;

II – a Escola defina a base curricular atendendo ao disposto nos artigos 26A e 79B da LDB, em suma criando as condições para as aprendizagens relativas à sociodiversidade.

III – Sob o mesmo ponto de vista os professores tenham total autonomia para construir sua proposta pedagógica, decidindo o que, como e quando desenvolver determinados conteúdos e quais metodologias adotar.

IV – a Escola construa e coloque em prática um projeto educativo bem como garanta uma educação igualitária e de qualidade para todos, respeitando todas as dimensões da diversidade.

Dessa forma considere as afirmativas enumeradas e assinale a opção correta.

A) I, II e IV.

B) I, III e IV.

C) Apenas II e III.

D) Apenas II e IV.

E) Apenas III e IV.

Ensino Superior

12 – Com relação ao debate atual sobre a universidade pública brasileira e as funções universitárias de ensino, pesquisa e extensão, julgue os próximos itens.

A LDB dispõe sobre a possibilidade de ampliação das atribuições de autonomia universitária para as instituições de acordo com os resultados de processos avaliativos desenvolvidos pelo poder público comprovem alta qualificação para o ensino e para a pesquisa.

C) Certo E) Errado

13 – No que diz respeito à concepção e prática da supervisão, julgue os itens subsequentes.

A LDB e os PCNs são marcos fundamentais definidores da concepção de supervisão escolar ainda assim vigora no atual cenário educacional brasileiro.

C) Certo E) Errado

Autonomia

14 – De acordo com o documento Progestão, existe a autonomia legal e a autonomia construída. Nesse sentido a primeira refere-se à autonomia prevista na LDB (Lei n.º 9.394/96), já a segunda refere-se à autonomia construída na escola. De acordo com o segundo o mesmo documento, o papel do gestor no processo de elaboração do projeto pedagógico da escola, visando ajudar na construção de sua autonomia, é

A) coordenar o trabalho dos professores na elaboração do projeto pedagógico da escola.

B) coordenar o processo de organização das pessoas no interior da escola, buscando a convergência dos interesses dos vários segmentos e a superação dos conflitos deles decorrentes.

C) coordenar o trabalho de professores, alunos e funcionários administrativos na elaboração do projeto pedagógico da escola, evitando, assim, que interesses particulares se sobreponham aos interesses coletivos.

D) impor as determinações legais juntamente com subordinados, para evitar acima de tudo a interferência direta dos órgãos centrais.

E) manter pais e responsáveis afastados da elaboração do projeto pedagógico da escola, pois esta é uma atribuição que cabe aos profissionais da educação, pois assim o gestor evita conflitos de interesses.

Gestão Democrática

15 – A gestão democrática do ensino público é um dos princípios estabelecidos na Constituição Federal/88, e a concepção de educação como formação humana contida no texto da LDB. n.º 9.394/96 reafirma o princípio da gestão democrática do ensino público. Para gerir democraticamente o ensino e a escola, é necessário

A) desenvolver ações que promovam a participação de todos de acordo com uma programação estipulada pelo corpo docente.

B) aplicar corretamente os recursos financeiros arrecadados pela escola.

C) desenvolver atividades na escola que serão executadas pelos alunos que tiverem de acordo com desempenho escolar.

D) assim também estimular a participação de diferentes pessoas na articulação dos aspectos financeiros e administrativos da escola.

E) programar com os docentes reuniões de planejamento para análise do resultado das avaliações, visando à melhoria da qualidade do ensino.

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 GABARITO:

  1. B
  2. C
  3. A
  4. D
  5. C
  6. A
  7. C
  8. D
  9. A
  10.  E
  11. A
  12. Certo
  13. Certo
  14. B
  15. E

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https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/09/02/15-questoes-da-lei-de-diretrizes-e-bases-2/feed/ 0
Formação Social da Mente – Vygotsky https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/08/29/formacao-social-da-mente-vygotsky/ https://teste.pedagogiaconcursos.com/2024/08/29/formacao-social-da-mente-vygotsky/#respond Thu, 29 Aug 2024 13:23:17 +0000 https://pedagogiaconcursos.com/?p=26585 VYGOTSKY. L.S. Formação Social da Mente. Martins Fontes. São Paulo. 2007.

Capítulo 6 – Interação entre aprendizado e desenvolvimento

Para Vygotsky, as concepções sobre a relação entre os processos de aprendizado e desenvolvimento reduzem-se a três posições teóricas, todas por ele rejeitadas:

1 – Parte da premissa que o aprendizado segue a trilha do desenvolvimento

Pressupondo que o desenvolvimento é independente do aprendizado. O aprendizado seria um processo externo que se utilizados avanços do desenvolvimento mas não o impulsiona nem altera seu curso. O desenvolvimento (ou maturação) é considerado pré-condição para o aprendizado e nunca o resultado dele. Se as funções mentais de uma criança não amadureceram o suficiente para aprender um determinado assunto, nenhuma instrução se mostrará útil. Piaget seria representante desta linha;

2 – Postula que aprendizagem é desenvolvimento.

O desenvolvimento é visto como o domínio dos reflexos condicionados. A diferença com relação ao primeiro grupo relaciona-se ao tempo. Para os primeiros, o desenvolvimento precede a aprendizagem. Para estes, os dois processos são simultâneos. James representa esta linha;

Tenta superar os extremos das duas primeiras, combinando-as. Para os defensores desta linha (Koffka, gestaltistas), o desenvolvimento se baseia em dois processos diferentes (maturação e aprendizado), porém relacionados e mutuamente dependentes, sendo que um influencia o outro. Assim, a maturação (desenvolvimento do sistema nervoso) torna possível o aprendizado e este estimula a maturação. Assim, ao aprender determinada operação, a criança cria estruturas mentais de um certo tipo. independentemente dos materiais e elementos envolvidos. Portanto, o desenvolvimento é sempre um conjunto maior que o aprendizado.

Transferência de Aprendizagem

Segundo Vygotsky, essa discussão leva a um velho problema pedagógico: a relação entre disciplina formal e transferência de aprendizagem. Movimentos pedagógicos tradicionais têm justificado a ênfase em disciplinas aparentemente irrelevantes para a vida diária (línguas clássicas, por exemplo), por sua influência sobre o desenvolvimento global: se o estudante aumenta sua atenção ao estudar gramática latina, aumentaria sua capacidade de focalizar atenção sobre qualquer outra tarefa.

O pressuposto é que as capacidades mentais funcionam independentemente do material com que operam. Para o autor, Thorndike e Woodworth desmontaram esse argumento ao demonstrar, por exemplo, que a velocidade de somar números não está relacionada à velocidade de dizer antônimos.
Zona de desenvolvimento proximal : uma nova abordagem

Vygotsky apresenta uma nova posição com relação às três anteriores. O aprendizado, diz ele, começa muito antes de as crianças frequentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado escolar tem uma história prévia. Por exemplo, antes de aprender aritmética a criança já lidou com noções de quantidade, de adição e outras operações, de comparação de tamanhos etc.

A diferença é que o aprendizado escolar está voltado para a assimilação de fundamentos do conhecimento científico. Diz o autor: “Aprendizagem e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida da criança” (p. 95).

Zona de Desenvolvimento Proximal.

O aprendizado escolar produz algo novo no desenvolvimento da criança, além da pura sistematização. Para esclarecer esse “algo novo”, Vygotsky apresenta o conceito de zona de desenvolvimento proximal. Para ele, existem dois níveis de desenvolvimento:

  1. nível de desenvolvimento real, que é o resultado ou produto final de ciclos de desenvolvimento já completados. Por exemplo, a idade mental de uma criança medida num teste. Esse nível é dado por aquilo que a criança consegue fazer por si mesma, isto é, pela solução independente de problemas. Ele caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente.
  2. nível de desenvolvimento proximal, que define as funções que estão em processo de maturação, o estado dinâmico de desenvolvimento: é a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial. O nível de desenvolvimento proximal é determinado através da solução de problemas sob a orientação de adultos e em colaboração com companheiros mais capazes (quando o professor inicia a solução e a criança completa, por exemplo).
O Conceito

Ele caracteriza o desenvolvimento mental prospectivamente.Assim, aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje será zona de desenvolvimento real amanhã. Ou, em outras palavras, o que a criança faz hoje com assistência, amanhã fará sozinha.

O conceito de zona de desenvolvimento proximal leva a uma reavaliação do papel da imitação no aprendizado. Para Vygotsky, a imitação não é um processo meramente mecânico, uma pessoa só consegue imitar aquilo que está no seu nível de desenvolvimento. Por exemplo, se o professor usa material concreto para resolver um problema, a criança entende; caso ele utilize processos matemáticos superiores, a criança não compreende a solução, não importa quantas vezes a copie.

Uma consequência disso é a mudança nas conclusões que podem ser tiradas de testes diagnósticos de desenvolvimento. A zona de desenvolvimento real medida pelos testes orienta “o aprendizado de ontem”, isto é, os estágios já completados, sendo, portanto, ineficaz para orientar o aprendizado futuro.

A zona de desenvolvimento proximal permite propor uma nova fórmula: o bom aprendizado é aquele que se adianta ao desenvolvimento.

Vygotsky acredita que o aprendizado desperta processos internos de desenvolvimento na criança. A criança opera esses processos apenas quando interage com seu ambiente e coopera com seus companheiros. Após internalizar esses processos, a criança os transforma em aquisições independentes. O homem difere significativamente do animal porque o animal não consegue resolver problemas de forma independente, mesmo quando alguém o treina extensivamente.

 

Resumindo: para Vygotsky, os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizado. O desenvolvimento progride de forma mais lenta e atrás de aprendizado.

A Formação Social da Mente - Vygotsky

Capítulo 7

O papel do brinquedo no desenvolvimento

Para Vygotsky, o brinquedo exerce enorme influência na promoção do desenvolvimento infantil, apesar de não ser o aspecto predominante da infância. Para ele, o termo brinquedo refere-se essencialmente ao ato de brincar, à atividade.

Embora mencione modalidades diferentes de brinquedos, como jogos esportivos, seu foco é o estudo dos jogos de papéis ou brincadeiras de faz-de-conta (mamãe e filhinha, por exemplo), típicas de crianças que aprendem a falar e, portanto, já são capazes de representar simbolicamente e envolver-se em situações imaginárias. A característica definidora do brinquedo, por excelência, é a situação imaginária.

A imaginação

A imaginação é uma função da consciência que surge da ação. É atividade consciente, um modo de funcionamento psicológico especificamente humano, não presente na consciência da criança muito pequena (com menos de três anos) e inexistente nos animais.

A criança muito pequena quer a satisfação imediata de seus desejos. Ela não consegue agir de forma independente daquilo que vê, há uma fusão entre o que é visto e seu significado, um exemplo é a seguinte situação: “Tânia está sentada. Pede-se à criança que repita a frase: Tânia está de pé. Ela mudará a frase para: Tânia está sentada”.

É na idade pré-escolar que ocorre a diferenciação entre o campo de significado e o campo de visão. O pensamento passa, de regido pelos objetos externos, a regido pelas idéias. A criança começa a utilizar materiais para representar a realidade ausente. Por exemplo, um cabo de vassoura representa um cavalo. Diz o autor: “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente daquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que ela vê” (p. 110).

Mas essa transformação separar o pensamento (significado da palavra) do objeto – não se realiza de uma só vez. O objeto torna-se o pivô da separação entre o pensamento e o objeto real. Então, para imaginar um cavalo, a criança usa um “cavalo” de pau. Vygotsky situa o começo da imaginação humana na idade de três anos.

O brinquedo é uma forma de satisfazer os desejos não realizáveis da criança, de suprir a necessidade que ela tem de agir em relação mundo adulto, extrapolando o universo dos objetos a que ela tem acesso. É através do brinquedo que ela pode dirigir um carro ou preparar uma refeição, por exemplo.

A Brincadeira

A brincadeira é uma forma de resolver um impasse: a necessidade de ação da criança, com gratificação imediata versus a impossibilidade de executar essas ações na vida real e lidar com desejos que só podem ser satisfeitos no futuro. Essa contradição é explorada e resolvida temporariamente através do brinquedo.

Projetando-se nas atividades adultas de sua cultura, a criança procura ser coerente com os papéis assumidos e seguir as regras de comportamento adequadas à situação representada. Por exemplo, ao imaginar-se como mãe de sua boneca, a menina faz questão de obedecer as regras do comportamento maternal. Ensaia, assim, seus futuros papéis e valores.

A Imitação

Nesse processo, a imitação também ganha destaque: imitar os mais velhos gera desenvolvimento intelectual e do pensamento abstrato. O esforço de manter a fidelidade ao que observa faz com a criança atue num nível mais avançado ao habitual para sua idade. “No brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade” (p. 117), diz Vygotsky.

Assim, ao atuar no mundo imaginário, seguindo suas regras, cria-se uma zona de desenvolvimento proximal, pois há o impulso em direção a conceitos e processos em desenvolvimento.

O prazer não é a característica que define o brinquedo. Ele preenche uma necessidade da criança. Para Vygotsky, o mais importante no jogo de papéis de que as crianças participam é induzi-las a adquirir regras de comportamento.

Toda situação imaginária contém regras de comportamento, assim como todo jogo de regras contém uma situação imaginária. No brinquedo a criança tem que ter autocontrole, tem que agir contra o impulso imediato, uma vez que deve seguir as regras. Satisfazer as regras torna-se um desejo para a criança e é esse o atributo essencial do brinquedo.

Para Vygotsky, o brinquedo é o mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar. “A criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de brinquedo” (p. 117), diz ele. E mais adiante: “Na idade escolar, o brinquedo não desaparece mas permeia a atitude em relação à realidade” (p. 118).

A instrução e o aprendizado na escola também estão avançados em relação ao desenvolvimento cognitivo. Tanto o brinquedo quanto a instrução escolar criam uma zona de desenvolvimento proximal.

Capítulo 8 – A pré-história da linguagem escrita

A conquista da linguagem é um marco no desenvolvimento do homem. Ela possibilita, dentre outras coisas, que o homem planeje a solução para um problema antes de sua execução. O domínio da linguagem oral promove mudanças profundas, pois permite à criança organizar seu modo de agir e pensar e formas mais complexas de se relacionar com o mundo.

A aquisição da linguagem escrita representa um novo salto no desenvolvimento da pessoa e provoca uma mudança radical das características psicointelectuais da criança. Para Vygotsky, esse complexo sistema de signos que é a linguagem escrita fornece um novo instrumento de pensamento à criança, permite outra forma de acesso ao patrimônio cultural da humanidade (contido nos livros e outros tipos de textos) e promove novas formas de relacionamento com as outras pessoas e com o conhecimento.

O aprendizado da escrita – produto cultural construído ao longo da história da humanidade – é um processo bastante complexo e começa muito antes de o professor colocar um lápis na mão da criança pela primeira vez.

Habilidade Motora

Vygotsky critica o ensino da escrita apenas como habilidade motora. Diz ele: “Ensina-se a criança a desenhar letras e a construir palavras com elas, mas não se ensina a linguagem escrita. Enfatiza-se de tal forma a mecânica de ler o que está escrito que acaba-se obscurecendo a linguagem escrita como tal” (p. 119).

A linguagem escrita é diferente da falada, pois exige um “treinamento artificial” que requer esforços e atenção enormes por parte do aluno e do professor. Então há o perigo de relegar-se a linguagem escrita viva a um segundo plano, com ênfase na técnica (como aprender a tocar piano).

A escrita é um sistema de representação simbólica da realidade bastante sofisticado. O processo de desenvolvimento da linguagem escrita pode parecer desconexo e confuso mas possui uma linha histórica unificada que conduz às formas superiores da linguagem escrita. Isso significa que:

  • num primeiro momento, a linguagem escrita constitui um simbolismo de segunda ordem, ou seja, um sistema de signos que designam os sons e as palavras da linguagem falada; a linguagem falada constitui um sistema de símbolos de primeira ordem, isto é, signos de entidades reais e suas relações;
    •    gradualmente há uma reversão a um estágio de primeira ordem: a língua falada desaparece como elo intermediário e a linguagem escrita adquire um caráter de simbolismo direto, passando a ser percebida da mesma maneira que a linguagem falada.
Representações simbólicas

Vygotsky aponta uma continuidade entre as diversas representações simbólicas da realidade que a criança realiza: gestos, desenhos, brinquedos. Estas atividades, como formas de representação simbólica, contribuem para o processo de aquisição da linguagem escrita.

A história do desenvolvimento da linguagem escrita na criança começa com o aparecimento do gesto como “signo visual inicial que contém a futura escrita da criança como uma semente contém um futuro carvalho” (p. 121).

Os signos são a fixação de gestos. Para Vygotsky, há uma íntima relação entre a representação por gestos e a representação pelos primeiros rabiscos e desenhos das crianças.

O brinquedo, ao exercer uma função simbólica, também está ligado à linguagem escrita. O brinquedo simbólico é uma espécie de “fala” através de gestos que dá significado aos objetos usados para brincar. Por exemplo: um livro designa uma casa, um lápis significa uma pessoa.

A criança só começa a desenhar quando a linguagem falada já alcançou grande progresso. A esse respeito, Vygotsky diz: “O desenho é uma linguagem gráfica que surge tendo por base a linguagem verbal” (p. 127), sendo considerado, portanto, um estágio preliminar no desenvolvimento da linguagem escrita. Para Vygotsky (citando Hetzer), a fala é a representação simbólica primária, base de todos os demais sistemas de signos.

Na idade escolar, a criança apresenta uma tendência de passar de uma escrita pictográfica (baseada na representação simplificada dos objetos da realidade) para uma escrita ideográfica (representações através de sinais simbólicos abstratos). Gradualmente as crianças substituem traços indiferenciados por rabiscos simbolizadores, substituídos, por sua vez, por pequenas figuras e desenhos e, finalmente, pelos signos. Para chegar a isso, a criança precisa descobrir que, além de coisas, pode-se desenhar a fala.

O desenvolvimento da linguagem

O desenvolvimento da linguagem escrita se dá pelo deslocamento do desenho de coisas para o desenho de palavras. Assim, o brinquedo de faz-de-conta, o desenho e a escrita são momentos diferentes de um processo unificado de desenvolvimento da linguagem escrita. Desenhar e brincar são, portanto, estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita.
A partir dessas descobertas, Vygotsky chega a três conclusões de caráter prático:

  1. seria natural transferir o ensino da escrita para a pré-escola, pois as crianças mais novas já são capazes de descobrir a função simbólica da escrita;
  2. a escrita deve ter significado para as crianças, a necessidade de aprender a escrever deve ser despertada e vista como necessária e relevante para a vida: “Só então poderemos estar certos de que ela se desenvolverá não como hábito de mãos e dedos, mas como uma forma nova e complexa de linguagem” (p. 133);
  3. há necessidade de a escrita ser ensinada naturalmente: os aspectos motores devem ser acoplados ao brinquedo e o escrever deve ser “cultivado” ao invés de “imposto”. A criança deve ver a escrita como momento natural de seu desenvolvimento e não como treinamento imposto de fora para dentro: “o que se deve fazer é ensinar às crianças a linguagem escrita, e não apenas a escrita das letras” (p. 134), diz Vygotsky.

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